Solivre X - parte 1

Por Cesar Brod

Data de Publicação: 25 de Junho de 2010

Entre os dias 17 e 19 de junho participei do Solivre X. Este é um evento pelo qual tenho um carinho todo especial. Tive a honra de participar dele em sua primeira edição, em 2006 e conhecer sua proposta diferenciada: atiçar talentos e criatividade para o desenvolvimento de software livre, além das grandes capitais. O slogan do evento manteve-se em todas as demais edições: "O Mais importante do Software Livre é a LIBERDADE!"

Conversando com o Professor Aleks Montanha, idealizador e principal organizador do Solivre, relembrei uma série de coisas do evento que tiveram um impacto profundo na minha vida pessoal e profissional e que, no efeito dominó - que é o que bons eventos desencadeiam - afetaram também outras pessoas.

Lá em 2006, em uma palestra do Alexandre Marcondes, conheci o Scrum. Resolvi documentar minha aprendizagem sobre esta metodologia e, até hoje, os artigos que escrevi estão entre os "best sellers" no portal da BrodTec e aqui no Dicas-L. No evento de 2007 conheci o Cícero Moraes, o Cogitas3D, papa da modelagem tridimensional com o Blender. Acabei convidando o Cícero a palestrar na Latinoware de 2009 e o jovem rapaz, com corpo de lenhador e alma de nerd já está ganhando o mundo. Merece!

Esta edição do Solivre conseguiu ser ainda mais marcante que as anteriores. A começar pelo profissionalíssimo vídeo de abertura http://miud.in/7kH] que chegou a molhar os olhos da nerdalhada. O tema do evento foi Computação Gráfica e abordou a produção de gráficos vetoriais, modelagem e animação tridimensional, realidade virtual e produção de jogos.

Quando o Montanha convidou-me a participar novamente do evento e falou-me sobre o tema desta edição, contei para ele sobre um software que eu estava explorando, o sK1, que está sendo muito útil para a comunicação com agências que usam o Corel Draw ou o Adobe Illustrator. O sK1 abre nativamente estes formatos, permite sua edição e a exportação para uma série de outros formatos vetoriais e gera arquivos prontos, com separação de cores CMYK, para serem impressos numa gráfica. É possível, por exemplo, receber uma arte de uma agência, abri-la no sK1, separar seus elementos e produzir gráficos para a web com o Inkscape ou, como aprendi com o Cícero, dar uma extrudada em um logotipo e criar sua representação tridimensional com o Blender.

Não era exatamente meu objetivo, ao contar do sK1 para o Montanha, que este fosse o tema de minha palestra, mas ele gostou da ideia e até inventou um título para ela: "Corel pra quê?" Que responsabilidade! Mas gosto destas coisas. Tomei um tempo para estudar um pouco melhor o sK1, sentei com meu irmão que é um baita artista e comecei a trocar alguns e-mails com o Igor Novikov, líder do projeto. O Igor acabou sendo o co-autor da minha apresentação e forneceu-me uma série de materiais que acabaram servindo como exemplos. Como fruto deste contato, o Igor deve vir ao Brasil em novembro para falar sobre o sK1 na Latinoware. Mais um desdobramento de algo que teve origem no Solivre.

Este não é o único, claro. Em outros artigos eu conto mais coisas. Mas só pra atiçar, dêem uma olhada no iGLOOBE, uma ideia que nasceu na garagem do Alessandro Binhara e que pudemos usar em nossas apresentações no Solivre X. Em resumo, o iGLOOBE transforma qualquer superfície em uma mesa digitalizadora. Coisa de louco mesmo!

Semana que vem tem mais! Abração para o Montanha e para todo o povo desta página aqui!