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Por Cesar Brod
Data de Publicação: 29 de Dezembro de 2011
Pois é, para quem já estava conformado com a ideia de que passaria desta para alguma outra, ao que tudo indica o mundo não acabará mesmo em 2012. Mas com tanta coisa que se falou sobre o fim do mundo eu acho que nenhum de nós passou incólume à pergunta íntima "o que eu quero fazer antes que o mundo acabe"?.
A perspectiva, ainda que falsa, de um fim do mundo marcado no calendário deu para muita gente um certo sentido de urgência. Outros pequenos fins-de-era foram explicitamente colocados, de forma cronológica, antes do derradeiro fim do mundo: preciso fazer isso antes de casar; aquilo antes de ter filhos; outro aquilo entre a graduação e a pós-graduação e um montão de coisas entre a aposentadoria e a morte.
Aliás, caros leitores, a maior possibilidade é a de que todos vocês morram, assim como eu, ainda antes do final do mundo. Muito antes! As tão alardeadas previsões cataclísmicas para 2012 nos deram, acredito, uma consciência muito maior sobre a real causa para o fim - não do mundo - mas do nosso grãozinho azul de poeira no imenso universo: seus habitantes, nós mesmos, os seres "inteligentes" de base carbônica.
Temos a estranha tendência de nos aproximarmos após alguma tragédia. Logo após 11 de setembro de 2001 eu fiz uma viagem para os Estados Unidos e era visível como as pessoas haviam se tornado mais amigas e carinhosas, em especial na cidade de Nova Iorque. Isto aconteceu também após terremotos, tsunamis, enchentes, desabamentos por toda a Terra. Mas, de novo, eu tenho a otimista impressão de que o pensamento coletivo sobre o fim do mundo está nos fazendo refletir e, mais importante, agir na conservação do nosso planeta.
O ar não está um pouco mais respirável? A água um pouco mais potável? Os sorrisos não estão mais sinceros e os abraços mais verdadeiros? Na minha opinião, estão sim! Estamos mais unidos, cuidando mais um do outro e, juntos, cuidando melhor do nosso planeta.
A única coisa que não melhorou ainda é a ruazinha aquela que fica bem à beira da pequena varanda que tenho no flat em que moro aqui em Brasília. Eu vou fazer uma camiseta onde estará escrito "Eu poderia estar pichando...", pegar uma vassoura e dar um jeito de limpá-la assim que começar 2012.
Abraço a todos e, mais do que um desejo, sigamos unidos em ações para anos cada vez melhores!
Cesar Brod usa Linux desde antes do kernel atingir a versão 1.0. Dissemina o uso (e usa) métodos ágeis antes deles ganharem esse nome. Ainda assim, não está extinto! Escritor, consultor, pai e avô, tem como seu princípio fundamental a liberdade ampla, total e irrestrita, em especial a do conhecimento.
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