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Educação e Tecnologia - Mapas Mentais na Sala de Aula

Por Cesar Brod

Data de Publicação: 27 de Dezembro de 2012

Foi o Rubens Queiroz quem falou-me, pela primeira vez, de Mapas Mentais. Faz tempo isso! Não estou entre os usuários mais assíduos da metodologia, mas ela mostra-se, para mim, muito útil em momentos onde tenho que trabalhar com muitas pessoas na coordenação de ideias que devem nortear o desenvolvimento de um projeto. Falei brevemente sobre isso em meu artigo Scrum: Product Backlog e Mapas Mentais. Em um resumo minimalista, a metodologia de mapas mentais busca reproduzir, graficamente, a forma pela qual nosso cérebro coordena as ideias, servindo como auxiliar à memória e à formatação e documentação de discussões em grupo.

Jennifer Carey publicou, em seu blog, um artigo muito legal sobre a forma como usa mapas mentais em suas aulas. Com a autorização dela traduzo, aqui, seu artigo.

Mapas Mentais na Minha Sala de Aula com o MindMeister

O termo "Mapas Mentais" é um dos modismos jogados de um lado para o outro no mundo da pedagogia. Mas o que são, exatamente, Mapas Mentais? Em poucas palavras, eles são aqueles velhos mapas de balões, usados nas discussões em grupo, que éramos todos forçados a desenhar na oitava série. Se você tivesse alguma inclinação artística, o seu poderia ser parecido com este aqui:

Os meus eram, sempre, muito menos coloridos e dinâmicos.

Entretanto, Mapas Mentais evoluíram muito nos últimos anos, especialmente com a ajuda da tecnologia. Eles não são mais uma coleção de imagens estáticas e imutáveis - são maleáveis, dinâmicos e até colaborativos. As pessoas usam Mapas Mentais para organizar suas vidas, desenvolver ideias de negócios e também em uma ampla variedade de ambientes educacionais.

Neste artigo eu gostaria de destacar meu software preferido para Mapas Mentais, o MindMeister, e falar das várias formas nas quais uso Mapas Mentais em minhas aulas.

Há vários produtos similares no mercado (tanto gratuitos como pagos), mas o que diferencia o MindMeister (na minha opinião) é o fato dele permitir a colaboração simultânea com suas ferramentas de discussão e visualização, usando tecnologias de computação em núvem. Para uma introdução ao funcionamento do MindMeister, assista ao vídeo abaixo:

Como você pode ver, o MindMeister possui muitas funcionalidades que podem ser usadas de maneira flexível e criativa. O MindMeister é compatível, também, com dispositivos móveis como o iPad, iPhone e todos os que rodam o Android. Assim, seus mapas tornam-se portáteis.

O MindMeister tem muitos níveis de uso e planos de pagamento, começando com o básico, que é gratuito e permite a construção de três mapas individuais, até contas profissionais que incluem suporte técnico e um conjunto mais amplo de ferramentas. Grandes descontos são oferecidos para instituições de ensino e organizações sem fins lucrativos. Independente do plano, qualquer um pode ser usado gratuitamente por trinta dias.

O MindMeister na Sala de Aula

Ainda que o MindMeister seja usado em muitos setores, meu maior interesse é a sua utilização como ferramenta pedagógica. Tenho usado o software por cerca de um ano tanto para meu planejamento e desenvolvimento pessoal como na sala de aula. Como educadora, eu o uso para planejar minhas aulas, organizar o que escrevo e até para criar esquemas de algumas coisas em minha vida pessoal (talvez até para o esboço daquele romance que estou escrevendo...).

A sala de aula, entretanto, é algo diferente. Para mim, o melhor aspecto do MindMeister é sua capacidade de promover o trabalho colaborativo (e sua disponibilidade em praticamente todas as plataformas). Meus alunos podem acessar seus mapas em seus dispositivos móveis ou qualquer computador com conexão à Internet. Tenho usado a ferramenta para discussões, para organizar ideias para artigos e projetos e até mesmo para auxiliá-los em seus estudos para provas e exames. Tenho dezenas de alunos editando simultaneamente o mesmo documento em seus exercícios - uma funcionalidade-chave para minhas experiências, já que isto abre o caminho para discussões inovativas e trabalho em equipe.

No ano passado, meus alunos compartilharam, orgulhosamente, um mapa que vários deles construíram para estudar para seu exame final em minha aula de história. Registrei isto em meu blog: ?Students Using MindMeister as a Study Tool?. Mais de uma dúzia de estudantes, em diferentes salas de aula e em suas próprias casas, criaram este mapa impressionante usando seus resumos de revisão:

Discussões em Sala de Aula

Gosto de usar o MindMeister para auxiliar meus alunos a organizarem discussões em sala de aula. Recentemente eles concluíram uma unidade do Código de Hamurabi. Dividi a sala em quatro grupos para que se focassem nas leis relativas à classe e status: Código Civil, Código Criminal, Vara de Família e Outros (que incluia tudo o que não era coberto pelos demais). Veja o mapa abaixo:

Clique para ver a imagem ampliada

Todos os alunos podiam acessar e editar o documento. Cada grupo, usando seus smartphones, editava uma sessão, listando como cada uma das diferentes leis tratavam os indivíduos com base em sua classe ou status.

Dei a eles quinze minutos para que fizessem suas edições e, então, voltassem à discussão em grupo. Fizemos algumas novas adições e edições em conjunto. Esta é uma das atividades nas quais peço que os estudantes usem seus celulares, ao invés de pedir que os desliguem.

Como você usa Mapas Mentais na Sala de Aula?

No artigo original Jennifer havia feito um acordo com a empresa que mantém o MindMeister e acabou sorteando, entre os que comentaram em seu blog, algumas assinaturas profissionais do produto. Mas o interessante é ver, nos comentários, as ideias de utilização dos Mapas Mentais em Sala de Aula.

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Sobre o autor

Cesar Brod usa Linux desde antes do kernel atingir a versão 1.0. Dissemina o uso (e usa) métodos ágeis antes deles ganharem esse nome. Ainda assim, não está extinto! Escritor, consultor, pai e avô, tem como seu princípio fundamental a liberdade ampla, total e irrestrita, em especial a do conhecimento.

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