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Educação e Tecnologia - Ambiente Pessoal de Aprendizagem #2

Por Cesar Brod

Data de Publicação: 10 de Janeiro de 2013

Talvez você tenha notado no mapa mental, que disponibilizei no artigo anterior, que você pode "assisti-lo" pressionando a tecla play (o triângulo maior, apontando para a direita) que aparece abaixo da janela com o mapa mental quando você posiciona o mouse em cima dela. Antes de seguir adiante, recomendo que você coloque o mapa mental (abaixo) em tela cheia (clicando no ícone imediatamente à direita da tecla play, o que tem quatro setas nos vértices de um pequeno quadrado) e navegue, usando as setas para a direita e esquerda, entre as várias partes que compõem o mapa.


Faça seus próprios mapas mentais no Mindomo.

Caso você não tenha começado a construir o mapa mental representando o seu próprio ambiente pessoal de aprendizagem, recomendo que você o faça agora. Ainda que isso não seja fundamental para o acompanhamento dos artigos futuros, este exercício será importante para uma melhor compreensão da forma como você mesmo aprende e descobrir possibilidades de aprimorá-la.

O meu ambiente pessoal de aprendizagem (doravante APA) é resultado de uma longa observação e evolução do que funciona para mim. Apropriei-me de muitas ideias alheias pelo caminho e duas pessoas merecem meu especial agradecimento: Rubens Queiroz de Almeida e Franklin Carvalho. Os que curtem astrologia já devem ter notado, olhando meu mapa, que sou virginianamente metódico. Mas cada pessoa é única e, mesmo que você tome meu APA como ponto de partida, você deve construir um que sirva para você e que evolua de acordo com suas experiências. Eu ficarei extremamente feliz se, ao final desta série de artigos, puder publicar uma lista de links com os mapas representando vários APAs dos leitores. Use o mindomo ou outra ferramenta de sua preferência.

Você já observou, em meu mapa, seus cinco principais ramos:

  1. Captura: toda a informação adquirida em meu processo de aprendizagem;
  2. Interação: as principais formas através das quais interajo com outras pessoas;
  3. Atividade: atividades típicas de aprendizagem (cursos, exercícios);
  4. Produção: as "saídas" de meu processo de aprendizagem, aquilo que deixo documentado para que outros possam aproveitar do que vou aprendendo;
  5. Avaliação: a forma como meço e tenho reconhecimento de meu crescimento pessoal e profissional.

Neste artigo começo a falar sobre o meu processo de captura de informação, o que mais ocupa espaço em meu APA. Ele é subdividido em dois ramos, a captura "material" e a "imaterial". Material é aquilo que, para consumir, não preciso conectar em uma fonte de energia elétrica. Imaterial é todo o resto. Eu também poderia ter escolhido os termos desplugado e plugado, offline e online, real e virtual ou outros que pudessem representar as mesmas coisas.

Algo que já descobri há uns bons anos é que o único meio de captura material que uso são livros. As revistas que leio são todas online e, na prática, sistematicamente apenas duas: Wired e Harvard Business Review. Note também que, por opção minha, mesmo que os livros que estou "lendo" estejam no formato de ebook ou audiobook, ainda assim considero-os na mesma categoria. A distinção que faço entre eles é seu idioma. Leio, no mínimo, dois livros por vez: um de caráter mais profissional e outro como entretenimento. Ao menos um dos livros que estou lendo deve estar em outro idioma (inglês ou espanhol, mas logo quero adicionar o francês a esta lista).

Tudo o mais que leio vem de meus agregadores de notícias e, além do tradicional Google Reader, onde coleciono meus feeds preferidos, considero as redes sociais como agregadores especiais: aqueles onde estão as coisas compartilhadas pelas pessoas que gosto e considero. Uso bastante, por exemplo, as listas do Facebook para agrupar os amigos em categorias de informações que gosto de ler e vou, naturalmente, aprimorando estes agrupamentos de forma a rapidamente ter um apanhado de notícias da minha família ou de meus amigos que, como eu, curtem software livre ou dados abertos.

Já usei o agregador de notícias do próprio cliente de email Thunderbird mas, há bastante tempo, tenho achado as soluções baseadas na nuvem e as redes sociais mais eficientes. Caso você queira experimentar o Thunderbird para isto, o artigo neste link explica como fazê-lo.

Note ainda que, na agregação automática de notícias com o Google Reader, eu separo o profissional do lazer, distinção não tão fácil quando as notícias vem de amigos nas redes sociais. Mas, de fato, esta distinção não é relevante e é muito provável que eu venha a removê-la do mapa mental de meu APA. Muitas vezes a criatividade para algo que acabamos por levar para o lado profissional é justamente motivada por um espaço que damos para a nossa mente em um momento de lazer. Além disso, sou daqueles que acreditam que o trabalho deve ser diversão e ficar colocando um limite entre um e outro acaba sendo prejudicial.

Deixarei a agregação assistida, com o PiggyDB para o próximo artigo. Mas, se você tiver curiosidade, pode ir instalando a ferramenta em seu ambiente.

Sobre o autor

Cesar Brod usa Linux desde antes do kernel atingir a versão 1.0. Dissemina o uso (e usa) métodos ágeis antes deles ganharem esse nome. Ainda assim, não está extinto! Escritor, consultor, pai e avô, tem como seu princípio fundamental a liberdade ampla, total e irrestrita, em especial a do conhecimento.

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