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Por Cesar Brod
Data de Publicação: 24 de Janeiro de 2013
Data de Publicação: 24 de Janeiro de 2013
Em setembro de 2012 escrevi o artigo Educação e Tecnologia - Honra ao Mérito, no qual falei um pouco sobre a avaliação de aprendizagens que acontecem de fora de um ambiente estruturado de ensino. Falei também do projeto Open Badges, da Fundação Mozilla, uma forma promissora de tratamento desta questão. Badges são "medalhas" que recebemos na medida em que comprovamos nosso conhecimento e, de alguma maneira, somos avaliados. Recuperando um pedaço daquele artigo:
Uma "medalha" é representativa de uma aprendizagem apropriada? @@ Para quem a "medalha" representa alguma coisa? @@ Quem tem a autoridade de conceder uma "medalha"? @@ A posse de uma "medalha" garante que seu possuidor é detentor do conhecimento desejado? @@ A posse de uma "medalha" garante que seu possuidor foi devidamente avaliado?
Troque "medalha" por "diploma universitário":
Um "diploma universitário" é representativo de uma aprendizagem apropriada? @@ Para quem o "diploma universitário" representa alguma coisa? @@ Quem tem a autoridade de conceder um "diploma universitário"? @@ A posse de um "diploma universitário" garante que seu possuidor é detentor do conhecimento desejado? @@ A posse de um "diploma universitário" garante que seu possuidor foi devidamente avaliado?
Troque "diploma universitário" por qualquer outro tipo de certificado profissional ou acadêmico e tente responder às mesmas perguntas. De fato, acrescente nesta lista curtidas no Facebook, +1 no Google, boas estatísticas de visita a seus portais, sua pontuação no Klout, suas habilidades no Linkedin...
E afinal, qual é a real importância da avaliação?
Pessoalmente, gosto de ser avaliado e coloco-me constantemente perante o escrutínio alheio. Este e todos os meus demais artigos são prova disso. Que necessidade outra eu teria de expor meu conhecimento sobre uma coisa ou outra se não fosse para ser avaliado e criticado? Considero a avaliação e a crítica como passos para o aprimoramento pessoal. Randy Pausch, que já mencionei em outro artigo dessa série, costumava dizer que temos que começar a nos preocupar quando as pessoas não nos criticam. Quando recebemos qualquer tipo de crítica é sinal que as pessoas estão considerando nossas opiniões.
Abaixo, o ramo Avaliação do mapa mental de meu ambiente pessoal de aprendizagem, feito com o Mindomo:
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Como de costume, o mapa mental completo, com algumas instruções para a sua navegação, pode ser acessado neste link.
Há casos onde simplesmente não há o que questionar com relação a um determinado tipo de avaliação. Muitas empresas preferem conferir o que instituições especializadas dizem sobre você antes de contratá-lo. Desta forma, se seu potencial empregador exigir uma determinada titulação acadêmica ou uma certificação profissional você deve apresentá-la e pronto. Isto é tão mais verdadeiro quanto mais próximo do início de sua carreira você estiver, mas há também alguns casos especiais.
Em 2000, por exemplo, o uso de aplicações empresariais baseadas em software livre começou a ganhar velocidade mas poucas empresas tinham como avaliar o conhecimento de um profissional desta área. Assim, uma atitude que tomei foi certificar-me como um profissional Linux na SAIR, instituição responsável por estas questões na época, quando o Linux Professional Institute ainda estava nascendo. A carteirinha (foto abaixo) foi de muita utilidade para mim, mesmo que eu já usasse o Linux desde o final de 1992.
Hoje, porém, há formas muito diversas de avaliação. A quantidade de curtidas ou +1 em seus posts, assim como as estatísticas de acesso ao conteúdo que você produz são algumas delas. Fico feliz, sinto que vale a pena continuar escrevendo quando percebo que meus artigos posicionam-se bem entre os mais lidos do Dicas-L, quando recebem comentários, quando alguem tuíta sobre algo que escrevi.
Profissionalmente, sinto-me realizado quando vejo que meus pares reconhecem minhas habilidades no Linkedin (exemplo abaixo) ou quando recebo a recomendação de algum colega no portal.
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Em tempos de redes sociais, especialmente para quem quer ser pago para falar e escrever ;-) , um item interessante de avaliação -- que pode até ter seu que de egotrip -- é o Klout Score, que mede o seu nível de influência na web. O bacana do Klout é que ele apresenta, de forma fácil, seus posts que mais geram interações entre as pessoas, funcionando como um bom feedback para melhorar a maneira como você divulga suas postagens e para entender o que as pessoas mais gostam.
Clique na imagem acima para ver a tela de perfil do Klout |
No fim das contas, qualquer tipo de avaliação será sempre subjetiva pois ela depende daquilo para o que ela servirá (uma contratação, a passagem para um novo nível de aprendizagem, sua satisfação pessoal) e da comprovação de sua real validade (o selo de uma instituição acadêmica, a concordância de seus pares, a palavra de alguém de confiança). Prefiro sempre pensar em toda a forma de avaliação como algo que nos permita saber onde temos que melhorar e usar isso para a nossa aprendizagem contínua.
Quando muitos ambientes pessoais de aprendizagem evoluem para ambientes coletivos, onde instituições e empresas buscam incentivar e reconhecer o crescimento de indivíduos e grupos, o desafio é outro, bem grande e escapa desta série de artigos. Mas, quem sabe, sirva de tema para uma próxima!
Manterei o mapa mental completo neste link. O centro do mapa e cada um dos ramos principais possui links para os artigos anteriores aqui no Dicas-L e muitos componentes possuem links para mais ferramentas e informações.
Convido os leitores a compartilharem seus mapas mentais neste documento publicamente editável. Assim criamos, juntos, uma coleção que pode servir como ponto de partida para mais gente interessada no assunto.
Cesar Brod usa Linux desde antes do kernel atingir a versão 1.0. Dissemina o uso (e usa) métodos ágeis antes deles ganharem esse nome. Ainda assim, não está extinto! Escritor, consultor, pai e avô, tem como seu princípio fundamental a liberdade ampla, total e irrestrita, em especial a do conhecimento.
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