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Por Cesar Brod
Data de Publicação: 17 de Setembro de 2013
No dia 13 de setembro tive a oportunidade de rever Pierre Lévy, filósofo francês radicado no Canadá e um dos maiores pesquisadores nas áreas de inteligência coletiva e web semântica. Conheci Lévy há mais de dez anos, em um evento sobre tecnologia em São Paulo. Como eu já trabalhava com software livre e a proposta de Lévy era a de que a web semântica evoluísse de forma aberta, acabamos por jantar juntos e trocar muitas ideias. Alguns anos depois, meu irmão, o Rodrigo, conheceu a Fernanda, hoje sua esposa e mãe de meus três lindos sobrinhos, João, Igor e Lucas. A Fernanda era muito fã do Lévy e tinha todos os livros dele. Em uma outra ocasião em que encontrei-me com o filósofo (não lembro se em São Paulo ou no Rio de Janeiro), levei os livros da Fernanda para que ele os autografasse.
A Fernanda foi uma das organizadoras do evento Diálogos da Contemporaneidade e a responsável pelo convite ao Pierre Lévy para que ele fosse o keynote na noite final do evento e, junto com ela, pude ter mais um momento tiete com meu mestre Jedi. Durante sua palestra, disponibilizada por Lévy em seu blog, o filósofo apresentou os conceitos da IEML - Information Economy Markup Language e sua capacidade de servir, dentre outras coisas, como a grande infraestrutura de um tradutor semântico universal e, aos que se mostram céticos quanto a isto, Lévy lembrou que a humanidade foi cética com relação à muita coisa que hoje é lugar comum. Segundo o mestre, estamos na pré-história de nosso futuro.
Uma das obras de Pierre Levy, Ciberdemocracia, está para completar dez anos. No livro, Pierre antevê e antecipa processos de participação cidadã possibilitados pelas tecnologias de informação e comunicação. O interessante é que, em termos tecnológicos o mundo cumpriu suas possibilidades mas, em termos democráticos, estamos muito aquém.
No mesmo evento, logo após a palestra do Lévy, tive a oportunidade de conversar bastante com a Marciele Berger Bernardes, autora do livro Democracia na Sociedade Informacional - o desenvolvimento da democracia digital nos municípios brasileiros. Marciele partiu da utopia ciberdemocrática de Lévy (e outros autores) e fez uma extensa pesquisa sobre o que os municípios brasileiros estão oferecendo a seus cidadãos, no sentido de criar espaços vivos de ação democrática. Grifo: ação!
Estou na metade do livro da Marciele e já recomendo, fortemente, essa leitura aos gestores públicos. Toda a tecnologia para a ação democrática está posta e, melhor ainda, de forma livre e aberta. Basta o investimento na devida apropriação de conhecimento e na construção (ou o remix) de soluções.
Cesar Brod usa Linux desde antes do kernel atingir a versão 1.0. Dissemina o uso (e usa) métodos ágeis antes deles ganharem esse nome. Ainda assim, não está extinto! Escritor, consultor, pai e avô, tem como seu princípio fundamental a liberdade ampla, total e irrestrita, em especial a do conhecimento.
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