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Por Cesar Brod
Data de Publicação: 23 de Janeiro de 2017
Quando conduzo uma oficina ou atuo como coach de métodos ágeis, peço que os participantes se comprometam com ao menos um dos rituais do SCRUM para iniciar o processo de migração para o desenvolvimento ágil de produtos: a reunião diária.
Reuniões ganharam má fama e não é para menos. Mas a reunião diária do SCRUM, também chamada de Daily Scrum ou Stand Up meeting foi concebida como a reunião para acabar com todas as reuniões. Ela é rápida e serve apenas para evidenciar o trabalho de cada membro da equipe para todos os demais. Cada um fala, no máximo, durante 90 segundos, respondendo às três clássicas perguntas:
É claro que o foco dessas perguntas (e as respostas) tem apenas a ver com o objetivo do Sprint, o período em que um incremento funcional do produto será entregue ao Product Owner.
Ao final da reunião, caso o timebox máximo de 15 minutos não tenha expirado, o ScrumMaster em exercício verificará se os impedimentos podem ser removidos dentro da própria equipe. Se isso não acontecer, ele acionará o Product Owner e qualquer outro recurso ao seu alcance para resolver os impedimentos. Essa é a missão do ScrumMaster e ele irá cumpri-la.
A resistência que pode existir com relação às reuniões diárias tem uma raiz única: medo da transparência.
O SCRUM é uma manifestação do processo empírico, que tem por base três pilares: transparência, inspeção e adaptação. Sem transparência, não há processo empírico (ouso dizer que não há nada que possa ser chamado de processo) e, por consequência, não há SCRUM.
Quem não é capaz de responder às três perguntas acima não trabalha. Simples assim.
Quem não trabalha se esconde em reuniões inúteis. Simples assim.
Experimente propor isso em seu ambiente de trabalho:
Meu povo! Iniciemos cada novo dia de trabalho com a informação, de todos para todos, sobre o que cada um fez ontem, o que cada um fará hoje e digam o que está impedindo o bom desempenho de seu trabalho.
Quem for contra quer esconder algo, fingir que está trabalhando mas, na verdade, não está fazendo nada.
Cesar Brod usa Linux desde antes do kernel atingir a versão 1.0. Dissemina o uso (e usa) métodos ágeis antes deles ganharem esse nome. Ainda assim, não está extinto! Escritor, consultor, pai e avô, tem como seu princípio fundamental a liberdade ampla, total e irrestrita, em especial a do conhecimento.
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