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Por Carlos Nepomuceno
Data de Publicação: 15 de Maio de 2009
Motivation and Personality, de AH Maslow - 1970 - Harper & Row, é um livro bem citado pelos pesquisadores de várias áreas, segundo o Google Acadêmico.
O autor criou uma pirâmide simples para descrever as necessidades humanas.
Uma boa tradução e definição da figura você pode ver no trabalho FATORES MOTIVACIONAIS DA COMUNIDADE CIENTÃFICA PARA PUBLICAÃÃO E DIVULGAÃÃO DE SUA PRODUÃÃO EM ... de vários autores, que eu tomei a liberdade de reproduzir aqui:
Necessidades Humanas, segundo Maslow |
Notemos que as necessidades humanas, que começam pela sobrevivência, passam pelo bem-estar, reconhecimento e auto-realização para serem atendidas demandam cada vez mais sofisticados ambientes de conhecimento.
Para se resolver, por exemplo, a base da pirâmide, que são as "necessidades fisiológicas", é preciso saber como adquirir comida, roupa, água. Em que lugar vai se abrigar. Resolvido isso, passa-se para as etapas seguintes.
Imagine uma catástrofe como a do Katrina, na qual os desabrigados, que devem ter passado pelas diferentes etapas, da procura de um lugar para beber água, ao próximo prato de comida, aonde vou dormir, até começar a pensar, de novo, no recomeço da sua vida.
Para que isso seja possÃvel, é preciso que um conjunto de informações sejam articuladas para que possamos responder a essas perguntas, que vão ficando cada vez mais sofisticadas, a partir de alguns aspectos:
a) a quantidade de pessoas que convivem no planeta, que por sua vez;
b) ampliam a quantidade de necessidades, que por sua vez;
c) exigem cada vez mais um sofisticado aparato de comunicação e informação para que possam ser atendidas no tempo em que a nova situação exige.
Há, assim, o aumento de habitantes do planeta, uma expansão da necessidade humana, que pode ser quantificada em produtos e serviços.
A sofisticação do atendimento desse consumo entre a oferta e a demanda de conhecimento precisa entrar em equilÃbrio.
Assim, a partir da pirâmide de Maslow é possÃvel estabelecer de que é possÃvel haver uma relação entre a quantidade de pessoas do planeta e a exigência de ambientes de informação e comunicação, portanto, de conhecimento cada vez mais complexos.
K = população
Y = necessidades humanas
Z = sofisticação dos ambientes de conhecimento
Quanto mais gente tivermos no planeta, mais demandas teremos de conhecimento. E, portanto, mais sofisticados deverão ser os sistemas de conhecimento.
Ou na fórmula:
K * Y =Z
Desse ponto de vista, a cada etapa da história do homem sempre tivemos a sofisticação dos ambientes de conhecimento demandados por cada tamanho da população, a partir das suas necessidades.
Assim, o conhecimento não é um fator novo, nem podemos afirmar que vivemos na sociedade do conhecimento. Mas, sim, de que vivemos na sociedade do conhecimento que caminha para a sofisticação que a atual população do planeta exige.
Criando-se, assim, uma espécie de teoria de proporcionalidade entre as necessidades humanas e a complexidade dos ambientes de conhecimento.
A discussão faz parte da minha tese de doutorado.
Alguns artigos já foram publicados sobre ela na rede.
Fiz um levantamento dos links e postei aqui.
Carlos Nepomuceno é Doutorando em Ciência da Informação pela Universidade Federal Fluminense é consultor e jornalista especializado em Tecnologia (Informática e Internet), com larga experiência em projetos nestas áreas. Foi um dos primeiros webmasters do Brasil. Atualmente, presta consultoria permanente para as seguintes instituições: Petrobras, IBAM e Sebrae-RJ. à professor do MBA de Gestão de Conhecimento do CRIE/Coppe/UFRJ, com a cadeira "Inteligência Coletiva" e coordenador do ICO - Instituto de Inteligência Coletiva.
à autor, com Marcos Cavalcanti, do livro O Conhecimento em Rede Publicado pela Campus/Elsevier, é o primeiro livro no Brasil a discutir a WEB 2.0, a levantar paradigmas quanto à inteligência coletiva e a mostrar, na prática, como implantar projetos desta natureza. O livro trata desta nova revolução cultural, social e tecnológica a que todos estamos expostos.