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Por Carlos Nepomuceno
Data de Publicação: 15 de Julho de 2009
O futuro não acontece simplesmente. Ele é construÃdo. Ele é aberto e não fechado. à divergente e não convergente - Eunice Soriano de Alencar - da minha coleção de frases
Dizem que o Brasil tem o espÃrito empreendedor.
Já acreditei nisso, não mais.
Acho que inventamos o desesperedorismo - um tipo de atividade que os humanos fazem - de forma desesperada - para conseguir sobreviver, contra tudo e contra todos.
O tema me vem de pronto, pois encontro uma amiga no Museu da República que me fala de uma idéia maravilhosa na Web.
Eu, que já tive mil sonhos e idéias, suspiro.
Já rodei meu plano de negócios (vários deles) em investidores e sei hoje que o Brasil decididamente não quer (ainda) novos negócios.
Algumas iniciativas isoladas, mas nada como polÃtica estragégica.
O ambiente nos empurra para os grandes monopólios e para o poder do Estado.
A juventude hoje quer um emprego público.
Quem fatura são as empresas de concurso, novos monopólios de ensino.
Um ambiente empreendedor exige:
Olhem para os lados e notem se há algo assim no horizonte.
Vejam o quadro:
("vinde a mim as criancinhas que elas não sabem fazer concurso";
Outra tese: quem passa em concuros públicos é o pessoal da inteligência acumulativa, de dados, não aqueles que têm a inteligência da ruptura, geradores de novos cenários.
Isso é grave!
à o caos do tiroteio de cego na casa da mãe joana!
O Brasil inova mais uma vez: criou o desesperedorismo!
Concordas?
PS - sugiro a leitura do livro Startup, de Jessica Livingston, que tem como pano de fundo o ambiente propÃcio à inovação americana. Não é para copiar, mas para pensar.
Carlos Nepomuceno é Doutorando em Ciência da Informação pela Universidade Federal Fluminense é consultor e jornalista especializado em Tecnologia (Informática e Internet), com larga experiência em projetos nestas áreas. Foi um dos primeiros webmasters do Brasil. Atualmente, presta consultoria permanente para as seguintes instituições: Petrobras, IBAM e Sebrae-RJ. à professor do MBA de Gestão de Conhecimento do CRIE/Coppe/UFRJ, com a cadeira "Inteligência Coletiva" e coordenador do ICO - Instituto de Inteligência Coletiva.
à autor, com Marcos Cavalcanti, do livro O Conhecimento em Rede Publicado pela Campus/Elsevier, é o primeiro livro no Brasil a discutir a WEB 2.0, a levantar paradigmas quanto à inteligência coletiva e a mostrar, na prática, como implantar projetos desta natureza. O livro trata desta nova revolução cultural, social e tecnológica a que todos estamos expostos.