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Por Carlos Nepomuceno
Data de Publicação: 13 de Julho de 2011
Estamos descobrindo maneiras melhores de organizar a sociedade em todas as suas instâncias, através da colaboração, utilizando as ferramentas interativas que a Internet proporciona -- Manifesto 2.0;.
O Manifesto mais conhecido é o Comunista, publicado em 1848. Hoje, entretanto, tem se tornado moda manifestos.
Um importante é o Manifesto Ãgil.
A onda dos manifestos, a meu ver, é uma caracterÃstica de uma sociedade mais participativa em rede.
No ambiente anterior, agÃamos a partir de visões fechadas, ordens, determinações.
Nos agrupávamos por profissões, disciplinas, empresas, locais, regiões.
Nessa primeira fase pós-revolução da informação, passamos a nos identificar com visões e princÃpios.
E isso tende a crescer.
Por isso, necessidade de manifestos, pois as pessoas passam a se organizar por ideais.
à uma forte tendência.
Pessoas que sugerem o desenvolvimento de software de uma outra maneira, que vêem um determinado tipo de educação diferente ou, como o nosso, que querem apresentar uma nova forma de ver o desdobramento da revolução da informação na sociedade.
A ideia de realizar e fazer manifestos parte, acredito, de algumas necessidades:
Assim, um manifesto é uma "praça de ideias", na qual as pessoas dizem que a visitam, colocam ali uma estátua para influenciar a sociedade em uma nova direção.
Nós pensamos assim, o que você acha? Quer deixar seu nome na estátua?
Este manifesto 2.0 surgiuda articulação, discussão, debate entre pessoas que vêm discutindo o mundo 2.0 de vários cantos, mais fortemente aqui no Rio de Janeiro.
[[http://nepo.com.br/wp-content/uploads/2011/07/MANIFESTO_LOGO_MAIOR-300x237.jpg] http://nepo.com.br/2011/07/13/manifesto-2-0-por-uma-sociedade-mais-colaborativa/manifesto_logo_maior/]
Fizemos uma lista de discussão, algumas reuniões prévias, modificamos no Google Docs algumas coisas, de forma coletiva e estamos propondo um "manifesto vivo".
Vivo, pois a ideia é ter embaixo do manifesto uma plataforma produtiva para que possamos (todos que querem) ir modificando-o com a aprovação daqueles que o apoiaram e se expressaram no sentido de discutir seu futuro.
Tivemos uma boa polêmica sobre isso, pois, por tendência, o manifesto é um só, imexÃvel e quem quiser que faça outro.
Mas a ideia de democracia 2.0 é justamente algo mais complexo.
Nada é para sempre, tudo é processo, nós todos vamos amadurecer e melhorar o texto, conforme formos repensando coisas.
E o documento digital tem que permitir que seja feito, a la Wikipédia.
Porém, precisamos que tal proposta ocorra num tempo hábil e por muita gente para construir um ambiente informacional que permita a todos que queiram votar nas propostas de mudança o façam sem grandes trabalhos, pois convivemos hoje com um grande inimigo: falta de tempo!
A versão beta que está no ar inicia esse processo ao incluir os emails de todos que querem participar e estamos desenvolvendo uma plataforma que permitirá que as pessoas possam votar e ir melhorado-o ao longo do tempo.
Essa plataforma, na verdade, é uma das muitas que vão aparecer para que possamos construir a democracia 2.0, pois não basta ter o desejo de tê-la, mas é preciso construir ferramentas que a viabilizem.
Muitos discutindo e votando em tempo real, de forma fácil e alterando automaticamente textos, leis, regras, posturas, trabalhos.
Eis a sociedade para a qual estamos indo.
Leia o manifesto e só assine se realmente você considera que faz sentido.
Se há detalhes que podem mudar, se inscreva na lista dos que vão aprimorá-lo e quando a plataforma entrar no ar vamos começar a modificá-lo.
Vamos adiante.
Que dizes?
Carlos Nepomuceno é Doutorando em Ciência da Informação pela Universidade Federal Fluminense é consultor e jornalista especializado em Tecnologia (Informática e Internet), com larga experiência em projetos nestas áreas. Foi um dos primeiros webmasters do Brasil. Atualmente, presta consultoria permanente para as seguintes instituições: Petrobras, IBAM e Sebrae-RJ. à professor do MBA de Gestão de Conhecimento do CRIE/Coppe/UFRJ, com a cadeira "Inteligência Coletiva" e coordenador do ICO - Instituto de Inteligência Coletiva.
à autor, com Marcos Cavalcanti, do livro O Conhecimento em Rede Publicado pela Campus/Elsevier, é o primeiro livro no Brasil a discutir a WEB 2.0, a levantar paradigmas quanto à inteligência coletiva e a mostrar, na prática, como implantar projetos desta natureza. O livro trata desta nova revolução cultural, social e tecnológica a que todos estamos expostos.