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Por Ivan Postigo
Data de Publicação: 16 de Novembro de 2009
As empresas são geradas pela vocação de um ou mais empreendedores e disposição de correr riscos em busca de um retorno financeiro substancioso.
Todas as empresas podem crescer, a evolução está diretamente ligada ao preparo de seus gestores quanto a sua capacidade de entender o processo sistêmico dos negócios, disposição para delegação e adição de competências, contratando profissionais tecnicamente preparados.
Numa escala menor podemos comparar com os nossos trabalhos em grupo nos anos de escola, por ai iniciamos o aprendizado do desenvolvimento de projetos. Numa equipe nem todos tem vocação para criação e coordenação de tarefas.Vamos encontrar trabalhos bons e ruins, os que tiveram notas baixas são equivalentes àquelas empresas que o mercado excluiria.
Nas nossas organizações podemos identificar quem tem vocação para comando de equipes e pessoas que, eram sejam bons profissionais, não tem habilidade para agir sob pressão e queda para gerenciamento. É importante entender que não existe empresa com vocação, mas pessoas e grupo que tem vocação para trabalhos arrojados e para enfrentar riscos, a empresa como figura jurídica nada faz. É muito comum encontrarmos dirigentes bem sucedidos que sentem enorme desconforto com o volume de negócios que o crescimento da empresa os obriga a enfrentar.Não raro, encontramos pessoas tomando medicamentos, fazendo terapia, aos gritos pelos corredores ao menor desvio dos planos ou por terem dificuldades de entender a nova realidade.
Por outro lado, há gestores que não se ressentem tanto da complexidade e tem brilho nos olhos, característica fundamental para impulsionar a empresa em busca de oportunidades.
Tenho visto muitas empresas crescerem e seus gestores se perderem mais no gerenciamento dos problemas internos do que nas questões externas e mercadológicas, vendem e são incapazes de atender os prazos.O que os leva a serem excluídos do mercado são os problema internos gerenciados de forma inadequada.
As horas para um gestor bem sucedido são as mesmas que para um mal sucedido, afinal um dia tem 24 horas.
Como podemos aumentar o número de horas para tratar dos problemas da empresa já que o crescimento os multiplica?
Fazendo exatamente aquilo que tem sido pontos de maior resistência de muitos gestores: Delegando e implantando sistemas informatizados, de fato.
Os sistemas informatizados agilizam sobremaneira os trabalhos operacionais e tem banco de dados que podem rapidamente suprir os dirigentes com informações para tomada de decisões, contudo muitas organizações exploram menos de 50% de seus recursos.
Normalmente encontramos as áreas da controladoria ( contábeis e financeiras) bem estruturadas, com bom uso do sistema, até por força das obrigações bancárias e legais, mas áreas comerciais e principalmente fabris deficientes.
Uma das grandes dificuldades das empresas é a implantação do sistema para gerenciamento do PPCP ( planejamento, programação e controle de produção) elemento vital no processo de organização fabril. Sem um bom planejamento a programação da fábrica será deficiente e o atendimento aos prazos prejudicados, sendo este um dos principais fatores que dificultam da manutenção do sucesso alcançado.
As empresas à medida que crescem desenvolve mais atividades, se tornam mais complexas, fabricam e vendem um volume maior, necessitam, consequentemente, que o processo de delegação seja aperfeiçoado, pois os acontecimentos geram mais debates e conflitos.
Uma frase que ouvi muitas vezes: "A empresa é como um leão , enquanto pequeno é divertido e fácil de ser controlado, quando cresce nos devora".
Você que tem sua empresa em franco crescimento mais do que saber tratar sua fera terá que aprender a domá-la.
Ivan Postigo é economista, contador, pós-graduado em controladoria pela USP. Vivência em empresas nacionais, multinacionais americanas e européia de lingotamento de aço, equipamentos siderúrgicos, retroescavadeiras e tratores agrícolas, lentes e armações de óculos, equipamentos de medição de calor, pilhas alcalinas, vestuários, material esportivo, refrigerantes, ferramentas diamantadas , cerâmicas, bebidas quentes, plásticos reciclados, hotelaria e injeção de plásticos. Executivo nas áreas fabril, administrativa/financeira, marketing e vendas. Escreve artigos com foco nos aspectos econômicos e de gestão das empresas para jornais e revistas. Desenvolve consultoria e palestras nas áreas mercadológica, contábil/financeira e fabril. Autor do livro: Por que não? Técnicas para Estruturação de Carreira na área de Vendas.