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Por Ivan Postigo
Data de Publicação: 18 de Novembro de 2009
Um volume significativo de empresas não tem conseguido nestes últimos 5 anos melhorar seus resultados e sua posição de caixa, embora encontremos casos de sucesso no mercado.
Imaginar que uma empresa pode acrescentar ao seu caixa, em 5 anos, um valor equivalente a um faturamento mensal livre de qualquer custo ou despesa pode parecer exagerado?Isso representa melhorar os lucros em 2% do faturamento.
Você empresário, executivo, acredita que é possível acrescentar ao lucro líquido de sua companhia cerca 2% do seu faturamento, além daquilo que já vêm obtendo normalmente?
Antes de responder pegue seu balanço e faça algumas contas, verá que a possibilidade de responder sim é muito grande.
A questão é quem pode fazer isso e como pode fazer isso?
A sua equipe pode, desde que você acredite firmemente nisso. A sua crença é determinante para que os resultados sejam obtidos e isso sua equipe precisa saber.
Seus funcionários, na realidade seus colaboradores, conhecem as potencialidades de sua organização, suas fraquezas e sabem exatamente como tirar o melhor proveito delas.
Eu, você, que trabalhamos com gestão sabemos que esse raciocínio é lógico, não há novidade no que estou colocando, contudo um volume significativo de empresas não tem conseguido melhorar seus resultados há anos, embora desenvolvam planos e estabeleçam metas de crescimento. Qual a razão para isso?
Estudos mostram que 95% das empresas que não conseguem atingir as metas estabelecidas não o fazem porque os planos foram mal desenvolvidos ou pouco fundamentados, mas sim porque faltou acompanhamento, coordenação e principalmente trabalho de equipe.
Nesses mais de 30 anos trabalhando com empresas nacionais e estrangeiras pude ver o reconhecimento e respeito que o mercado externo tem por nossos profissionais, das mais diversas áreas como informática, financeira, nossos técnicos, principalmente voltados à manutenção, porém também criticam a falta de sintonia e a dificuldade que nossos profissionais e nossas empresas tem em trabalhar como um time.
Essa é a mesma imagem que fazemos de nosso futebol, muito talento e uma enorme dificuldade em trabalhar em conjunto.
Um de nossos esportes que nos dá grandes lições de trabalho em equipe é o voley masculino, por isso tem conseguido resultados extraordinários.O trabalho duro e em equipe supera o talento individual e perpetua resultados.
Nas nossas empresa temos que fazer a mesma coisa, trabalhar como um time e ganhar o jogo ponto a ponto, gerando resultados em todas as áreas e tarefas.
A interação entre a área comercial e produtiva conduzirá a lançamentos e melhoria de produtos, abertura de novos mercados, fará com que vendas não sejam perdidas por falta de produtos e ou direcionamentos inadequados, por má qualidade, por atraso nas entregas, e ainda fará com que ganhos possam ser obtidos evitando-se estocagens desnecessárias.
Um bom planejamento de vendas dirá às áreas comerciais e produtivas de onde virão os resultados, de quais clientes, e em que tempo.
Um bom planejamento de vendas permitirá um planejamento adequado do volume de compras, negociações de preços e prazos, adequando o desembolso de caixa às entradas das receitas.Isso permitirá um planejamento dos empréstimos, dos descontos de duplicatas, das negociações das taxas bancárias.
Quantas empresas realmente se preocupam em preparar previsões de caixa para o trimestre e realmente acompanha-los.As previsões não podem ser chutes ou a melhor estimativa, mas sim uma soma de compromissos.
Para que a estimativa da folha de pagamento, por exemplo, seja calculada e compromissada pelo departamento pessoal um compromisso com o quadro de pessoal deve ser firmado com os gestores das áreas, o volume de horas extras pré-estabelecidas, isso tudo fundamentado no plano de vendas e produção.
O controle das despesas departamentais deve ser delegado à pessoas com perfil para acompanhamento e cobrança de compromissos e estas pessoas devem ser investidas de autoridade.
Esse trabalho tem que ser realizado com o firme comprometimento das pessoas, pois sem isso tenha certeza de que a gestão de sua companhia ainda não está voltada para resultados e é disso que as empresas vivem.
Atingir as metas de vendas, de produção, cumprir os planos traçados deve ser a obsessão de todas as empresas que queiram ter sucesso e ser competitivas nesse ambiente globalizado.
Uma única área, uma única atividade, isoladamente, não gerará os resultados que sua empresa precisa.A soma de pequenos ganhos é que fará com que o resultado final seja surpreendente.
Faça pequenos cálculos com a conta de resultado de sua companhia e verá que a soma dos esforços de cada área colocará 2% do seu faturamento no caixa da empresa.Invista uma hora, apenas uma hora, nesse estudo e planificando verá que é possível.
A pergunta é como perpetuar esse trabalho, pois é necessário que a dinâmica seja mantida para que depois de alguns meses não fiquem apenas as boas intenções.
Depois desse estudo se você acredita, se está determinado a desenvolver esse plano, identifique na sua organização quem possa conduzi-lo, caso não o encontre adicione competência.Hoje em dia é possível terceirizar esse trabalho, há no mercado profissionais competentes que podem em parceira ajuda-lo nessa tarefa.
Nossos colaboradores sabem como potencializar nossas empresas, precisam apenas que mostremos que acreditamos neles e que lhes orientemos como trabalhar em equipe.
Ivan Postigo é economista, contador, pós-graduado em controladoria pela USP. Vivência em empresas nacionais, multinacionais americanas e européia de lingotamento de aço, equipamentos siderúrgicos, retroescavadeiras e tratores agrícolas, lentes e armações de óculos, equipamentos de medição de calor, pilhas alcalinas, vestuários, material esportivo, refrigerantes, ferramentas diamantadas , cerâmicas, bebidas quentes, plásticos reciclados, hotelaria e injeção de plásticos. Executivo nas áreas fabril, administrativa/financeira, marketing e vendas. Escreve artigos com foco nos aspectos econômicos e de gestão das empresas para jornais e revistas. Desenvolve consultoria e palestras nas áreas mercadológica, contábil/financeira e fabril. Autor do livro: Por que não? Técnicas para Estruturação de Carreira na área de Vendas.