você está aqui: Home  → Colunistas  →  Construindo o Futuro

 


De acordo com as Leis 12.965/2014 e 13.709/2018, que regulam o uso da Internet e o tratamento de dados pessoais no Brasil, ao me inscrever na newsletter do portal DICAS-L, autorizo o envio de notificações por e-mail ou outros meios e declaro estar ciente e concordar com seus Termos de Uso e Política de Privacidade.

Gestores e os diálogos autocríticos

Por Ivan Postigo

Data de Publicação: 11 de Março de 2010

Duas situações estão presentes na vida dos gestores: Altas realizações e autorecriminação.

O sucesso nos leva acreditar que tudo podemos, quando falhamos fica difícil nos perdoarmos. Acredito que perdoamos os outros mais do que a nós mesmos.

Em momentos de crise, quando mantemos um diálogo interno negativo ou autocrítico, desviamos nossa atenção e não nos dedicamos como poderíamos aos aspectos estratégicos do empreendimento.

Em tempos de BBB é bom lembrar que os gestores estão sempre no paredão, então minimizar a pressão que fazemos sobre nos mesmos, sem necessidade, é fundamental.

As pessoas precisam de espaço para fracassar, senão não correrão riscos.

Inovar é aventurar-se; ir em busca de algo ou lugares que ninguém ainda tentou ou esteve.

Não dá para negar que riscos assumidos levam a erros cometidos.

Serenditpty, que tem como um dos significados descoberta ao acaso, ratifica que muitos erros levam o homem à impressionantes aprendizados.

Diariamente os problemas que resolvemos nos colocam a andar em círculos, com várias áreas de escape. A questão está em escolher a que conduz aos melhores resultados.

Gestores que não admitem erros não recebem feedback, com isso perpetuam prejuízos.

Claro que é necessário estabelecer limites, quer seja de tempo ou orçamentário, contudo a análise dos erros não pode ser negligenciada. Erros são ricas fontes de aprendizado.

Thomas Edison costumava dizer quando os experimentos não davam certo: "Aprendi mais uma forma de não fazer".

Investidos de poder e autoridade voltamos a experimentar as sensações da infância, quando nos sentíamos indestrutíveis, mas no fundo, quando as barreiras parecem intransponíveis, nos vemos como infalíveis frágeis homens.

Vamos em busca do acerto, nosso diálogo é de otimismo, o qual nem sempre compartilhamos, ainda que o expressemos.

Enquanto executivo, quantos obstáculos pareciam difíceis de superar e sucedemos.

Uma situação típica que nos coloca a prova:

Entra na sala um colaborador de diz: - Chefe... nessas hora você sempre é chefe...preciso que você resolva um problema, todo mundo já tentou, ninguém conseguiu, e o cliente está ai esperando!

Hum, hora para seu diálogo interno:- Sobrou!

Sim, sobrou e pior, ninguém espera que você erre. Você é o chefe!

Bom, você já sabe que problema que atravessa a porta é complexo, afinal quantas pessoas não se envolveram até o "pacote" lhe seja entregue.

Viver experiências com intensidade serve para essas horas. São elas que nos permitirão resolver os problemas por semelhança.

Como gestor esteja atento a três pontos para sair das enrascadas e construir um futuro de sucesso:

  1. Leia e estude muito, você nunca sabe quando vai precisar, por isso ou você ama o que faz ou aprenda a amar.
  2. Aprenda com as situações diárias. Importante não é o que acontece ao seu redor, mas o que você faz com o que acontece. Muitos praguejaram no momento em tiravam os carrapichos das calças, enquanto uma pessoa mais atenta aprendia e criava o Velcro.
  3. Tenha disposição e interesse para debater com as pessoas com as quais trabalha.

Meu diálogo interno já me roubou noites de sono, mas também trouxe soluções dormindo.

Quando possível é bom brincar com situações difíceis. Relaxa, diminui o stress, alivia a tormenta cerebral, reduz a toxicidade e nos permite pensar com maior clareza.

Quando seu diálogo interno começar incomodá-lo e você estiver ácido demais nas suas autocríticas, lembre-se que bom humor é a capacidade de exagerar a tragédia.

Sobre o autor

Ivan PostigoIvan Postigo é economista, contador, pós-graduado em controladoria pela USP. Vivência em empresas nacionais, multinacionais americanas e européia de lingotamento de aço, equipamentos siderúrgicos, retroescavadeiras e tratores agrícolas, lentes e armações de óculos, equipamentos de medição de calor, pilhas alcalinas, vestuários, material esportivo, refrigerantes, ferramentas diamantadas , cerâmicas, bebidas quentes, plásticos reciclados, hotelaria e injeção de plásticos. Executivo nas áreas fabril, administrativa/financeira, marketing e vendas. Escreve artigos com foco nos aspectos econômicos e de gestão das empresas para jornais e revistas. Desenvolve consultoria e palestras nas áreas mercadológica, contábil/financeira e fabril. Autor do livro: Por que não? Técnicas para Estruturação de Carreira na área de Vendas.

Veja a relação completa dos artigos desta coluna