você está aqui: Home → Colunistas → Construindo o Futuro
De acordo com as Leis 12.965/2014 e 13.709/2018, que regulam o uso da Internet e o tratamento de dados pessoais no Brasil, ao me inscrever na newsletter do portal DICAS-L, autorizo o envio de notificações por e-mail ou outros meios e declaro estar ciente e concordar com seus Termos de Uso e Política de Privacidade.
Por Ivan Postigo
Data de Publicação: 21 de Maio de 2010
O homem tem procurado por toda sua existência segurança e conforto. Essa atitude o induziu a formar sociedades.
A busca de identidades e a estruturação de sociedades no meio da diversidade se dão com confiança que leva a colaboração.
Qualquer coisa que provoque alterações nesse estado lhe causa incomodo, essa é a razão da enorme resistência às mudanças, ainda que muitas o beneficiem.
Ao formar um conceito e estabelecer um modo de viver tudo o que nossos sentidos estranham a principio rejeitamos.
Por essa razão temos dificuldades de encontrar identidade no que é visualmente diferente e diferenças no que é visualmente igual.
Um exemplo simples disso é que nenhuma zebra tem listras iguais e todas as onças são pintadas, mas não identificamos isso com facilidade.
Na vida, interagindo com grandes grupos, a diversidade de comportamentos nos afeta menos que nas empresas, onde as relações são bem mais próximas e procuramos estabelecer uma unidade para ação.
A diversidade de comportamento é resultado das experiências vividas pelas pessoas em ambientes diferentes.
Vivendo nas montanhas o homem vai experimentar sensações que não podem ser entendidas por quem vive perto do mar e vice-versa.
Você já deve ter ouvido a expressão frente a uma situação inusitada: - Não consigo entender porque isso é tão difícil de aceitar.
Aceitar não quer dizer entender, e o fato de ser entendido não leva necessariamente a aceitação quando aquilo nos afeta.
Dessas experiências surgem não só comportamentos com certas particularidades, mas palavras sem tradução ou com significados difíceis de serem explicados , como a nossa palavra saudade, dezenas de palavras usadas pelos esquimós para identificar a neve , ou a expressão norueguesa para designar a luz do dia depois da chuva.
Unidade na diversidade é reconhecer e aceitar que pessoas, diferentes por suas origens, podem conviver em harmonia, uma vez estabelecidos limites e respeitadas as individualidades.
De modo geral, quando uma empresa procura um profissional para preencher uma determinada vaga o foco é sua identificação com o padrão que foi estabelecido e não a contribuição que este poderá trazer a empresa.
Essa questão quando colocada em debate gera enormes polêmicas, mas o fato é que poucas avaliam o potencial do candidato se este não tem experiência no segmento ou na área.
Contrata-se pela unidade, identidade encontrada, ainda que o discurso interno seja o de incentivo e aproveitamento da diversidade de talentos.
As empresas vivem dentro de um paradoxo: pensa-se em sociedade de resultados, enquanto age-se como sociedade da acomodação.
As sociedades formadas nas empresas são como rios turbulentos a procura de um ponto para descanso.
Uma vez formado o grupo e quanto mais coeso , maior será a dificuldade em se perceber e aceitar a diversidade na unidade.
As pessoas integrantes já ajustaram seu padrão de comportamento e evitam desvios. É importante lembrar que ao estabelecermos modelos mentais nós projetamos imagens e queremos ser como elas, ainda que nosso desempenho não corresponda.
O homem tem mais dificuldades para reconhecer as diferenças em si que nos outros.
Nesse momento ele pode representar a maior diversidade na sociedade sem se dar conta disso. Esses aspectos também geram debates quanto à questão do juízo de valores.
Ao julgarmos todos iguais acabamos nos tornando injustos. Injustiça é tratar pessoas diferentes de formas iguais, isso coloca em risco a unidade na diversidade.
Em muitas ocasiões a diversidade se une por um forte motivo, nesses momentos é mais fácil aceitar as diferenças. Isso é muito comum nas crises.
A convivência entre os homens depende mais de sabedoria do que tolerância, mas só você poderá decidir como fará a sua parte.
Ivan Postigo é economista, contador, pós-graduado em controladoria pela USP. Vivência em empresas nacionais, multinacionais americanas e européia de lingotamento de aço, equipamentos siderúrgicos, retroescavadeiras e tratores agrícolas, lentes e armações de óculos, equipamentos de medição de calor, pilhas alcalinas, vestuários, material esportivo, refrigerantes, ferramentas diamantadas , cerâmicas, bebidas quentes, plásticos reciclados, hotelaria e injeção de plásticos. Executivo nas áreas fabril, administrativa/financeira, marketing e vendas. Escreve artigos com foco nos aspectos econômicos e de gestão das empresas para jornais e revistas. Desenvolve consultoria e palestras nas áreas mercadológica, contábil/financeira e fabril. Autor do livro: Por que não? Técnicas para Estruturação de Carreira na área de Vendas.