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Por Ivan Postigo
Data de Publicação: 03 de julho de 2010
Há poucos dias encontrei um amigo que me disse: - Você não se esqueceu daquilo que lhe pedi, esqueceu?
Fiquei pensando: Meu Deus, o que é que ele está me cobrando? Não tenho a menor lembrança de ter alguma pendência com ele.
Eu costumo anotar tudo, sempre envio e-mails ratificando as conversas, solicito confirmações para que nada escape.
Na hora pensei: Escapou!
Ele percebeu que eu estava revirando a memória e disse: - Conseguiu descobrir como se produz um belo fracasso?
Esta é uma daquelas histórias que a gente considera maluca a princípio, mas depois de achar graça encontra algum sentido.
Uma noite, ficamos conversando e ele me perguntou: - Ta com paciência para me ouvir?
A resposta foi imediata: Claro, sempre!
Vale à pena porque a gente sempre aprende alguma coisa com ele. Se não for uma boa história é uma boa piada. Tudo, sempre, acaba numa boa gargalhada.
Ele me contou que os negócios não estavam indo como esperava. As contas estavam pagas, nesse aspecto não poderia reclamar, mas pelo tempo e dinheiro investidos gostaria de já ter obtido melhores resultados.
Um dos aspectos que salientou é que havia aprendido que no processo de gestão poderia ter concentração em um dos dois pontos: Nas correções das falhas ou potencialização das virtudes.
Tinha escolhido o segundo, principalmente por considerar esta uma forma mais agradável de conduzir os trabalhos e que também gera menos atritos. Aspecto com o qual ele não lida muito bem.
Considerava que poderia estar ai a grande falha.
Comentou uma série de medidas que havia tomado, mas que mesmo com exaustiva análise não encontrava motivos para que os resultados não fossem melhores. Já havia debatido com a equipe, amigos, alguns consultores e continuava sem entender as razões.
Foi quando perguntou: - Há uma receita para o fracasso?- Não com grandes erros. Esses a gente percebe e corrige rapidamente, mas a soma de pequenos erros, cometidos continuamente, que nos impede de nos darmos conta que está ocorrendo uma erosão?
Evidentemente que minha resposta foi sim.
Ele simplesmente disse: - Quando tiver tempo escreva sobre isso e mande para mim!
Ivan Postigo é economista, contador, pós-graduado em controladoria pela USP. Vivência em empresas nacionais, multinacionais americanas e européia de lingotamento de aço, equipamentos siderúrgicos, retroescavadeiras e tratores agrícolas, lentes e armações de óculos, equipamentos de medição de calor, pilhas alcalinas, vestuários, material esportivo, refrigerantes, ferramentas diamantadas , cerâmicas, bebidas quentes, plásticos reciclados, hotelaria e injeção de plásticos. Executivo nas áreas fabril, administrativa/financeira, marketing e vendas. Escreve artigos com foco nos aspectos econômicos e de gestão das empresas para jornais e revistas. Desenvolve consultoria e palestras nas áreas mercadológica, contábil/financeira e fabril. Autor do livro: Por que não? Técnicas para Estruturação de Carreira na área de Vendas.