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Por Ivan Postigo
Data de Publicação: 22 de julho de 2010
Nosso planeta é o brinquedo da criança grande.
Com os recursos naturais ela cria utilidades e diversões.
Repetindo seu comportamento desleixado, quando deixava o quarto uma bagunça, agora deixa o que a cerca!
Quebrava seus brinquedos e papai e mamãe consertavam. Hoje, seu maior brinquedo, a terra, não tem quem cuide, a não ser ela mesma.
Criança abandona o brinquedo velho e pega o novo, descartando aquele que não quer mais. Ora, e a terra?
Fontes de água estão secando, reservas vêm sendo contaminadas, animais estão em extinção, abelhas desaparecem sem explicação, a falta de pressa e o desinteresse geral faz com negligenciemos e desconheçamos uma imensa ilha de plástico, no meio do pacífico, a 1600 quilômetros da Califórnia.
Essa ilha, formada por lixo, principalmente do Japão e EUA, desde 1950, tem o dobro do tamanho da Grã-Bretanha ou a soma das áreas de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Goiás.
As vítimas visíveis são as aves e os peixes e as pouco visíveis todos nós!
Não só nos alimentamos de peixes contaminados por resíduos químicos, absorvidos pelo lixo plástico que age como esponja, como a absorção de CO2 e a fotossíntese estão prejudicados, pois os corais estão morrendo pela plastificação dos oceanos.
Não vamos entrar nesses detalhes, o assunto é extenso, mas vale a pena, quando tiver oportunidade, entrar na internet entender um pouco porque isso ocorre e começar a colocar o lixo no lixo.
Se duas potências estão emporcalhando os oceanos e cientistas sabem disso porque ninguém faz nada?
Ora, quando vemos enchentes nas nossas cidades, logo após o desastre os rios e córregos não ficam cheios de móveis que foram danificados pelas águas?
Não muda muito não é?
São as crianças grandes descartando seus brinquedos quebrados, infelizmente estes não têm papai e mamãe para recolhê-los!
Como o homem com esse comportamento tão negligente consegue criar artefatos fantásticos?
Por que age na crise.
Faltam alimentos, cria a conserva, precisa pescar, inventa o anzol e rede, tem que se locomover, desenvolve os veículos, sente necessidade de se desafiar e ir em busca do desconhecido, vai ao espaço.
O homem é capaz de sujar marte e não limpar a terra, afinal a crise é chegar lá e não permanecer sadio aqui!
Seria este o modelo de gestão dos próprios negócios?
Sem a menor dúvida!
Os melhores controles estão nas empresas que passaram por crises.
Estas não precisam ser esperadas, podem ser provocadas.
Como se provoca uma crise?
Simples, seguindo o modelo de prevenção de avalanches.
Ao observar pontos críticos os especialistas lançam bombas provocando pequenos deslizamentos, prevenindo um desastre maior.
Essa técnica é fantástica para as empresas.
Ao provocar a crise o homem coloca a inteligência a serviço da solução.
Sabendo que o processo é tão simples porque a técnica não é amplamente aplicada?
Ora, se o homem age por crise e esta gera desconforto, por que criaria uma?
Sempre que a dúvida com relação ao futuro gerar crise, ele agirá.
Quando tiver que desenvolver um plano de contingência, além da prevenção que já observou, a melhor pergunta a fazer é: Onde posso gerar crise!
Ficará fascinado com o que descobrirá!
Ta, mas e o planeta?
Impermeável!
Ivan Postigo é economista, contador, pós-graduado em controladoria pela USP. Vivência em empresas nacionais, multinacionais americanas e européia de lingotamento de aço, equipamentos siderúrgicos, retroescavadeiras e tratores agrícolas, lentes e armações de óculos, equipamentos de medição de calor, pilhas alcalinas, vestuários, material esportivo, refrigerantes, ferramentas diamantadas , cerâmicas, bebidas quentes, plásticos reciclados, hotelaria e injeção de plásticos. Executivo nas áreas fabril, administrativa/financeira, marketing e vendas. Escreve artigos com foco nos aspectos econômicos e de gestão das empresas para jornais e revistas. Desenvolve consultoria e palestras nas áreas mercadológica, contábil/financeira e fabril. Autor do livro: Por que não? Técnicas para Estruturação de Carreira na área de Vendas.