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Por Ivan Postigo
Data de Publicação: 25 de julho de 2010
Muitas empresas neste momento em que a economia mostra sinais positivos começam a se defrontar com os problemas de gargalos na produção. Os gargalos podem acontecer em um determinado ponto da linha de produção, como podem surgir em vários locais do processo produtivo, em momentos diversos durante o mês.
Uma encomenda significativa de um produto específico feita pelos clientes, o lançamento de novos produtos, mudanças de processo de produção, a subestimação do tempo de produção de itens relativamente novos, podem fazer com que uma dificuldade até então não observada apareça.
Muitas vezes um gargalo é observado, mas as razões do estrangulamento da linha de produção não são facilmente percebíveis, levando a cobranças e debates acalorados.
Nossas empresas normalmente têm vocação para programação, mas não para planejamento de fábrica. Os gargalos em geral são observados quando os pedidos estão dentro de casa e não em função de um planejamento de vendas, com isso os responsáveis pelas áreas fabris acabam não tendo condições de se antecipar aos problemas e encaminhar soluções preventivas.
O fato de observarmos e identificarmos um problema não quer necessariamente dizer que uma solução será providenciada.
Gargalos de produção costumam aparecer deixando também pistas falsas dos problemas, como movimentações tardias, falta de uma melhor programação, quebras de maquinas, falhas nas identificações de operações , envolvendo sempre mais de uma área e gerando conflitos ao invés de debates.
Um problema se observado e identificado, reconhecido, encaminhado para solução, com tarefas delegadas e pessoas investidas de autoridade normalmente é solucionado, contudo há uma aspecto inerente ao comportamento humano que dificulta o encaminhamento da solução: A negação.
Todos nós somos avaliados constantemente e somos refratários a críticas, com isso o debate muitas vezes acaba gerando conflitos e perpetuando o problema.
O conflito pode se acirrar levando a empresa a perder bons talentos, o conflito pode se perpetuar gerando perdas continuas em outros processos ou pode haver a desistência de solução por parte dos envolvidos.
Quaisquer que sejam os caminhos, observados esses fatores, quem perde é a organização.
Para o correto encaminhamento de um problema para solução é necessário que este ao ser observado e identificado seja reconhecido. A negação imediatamente determina o fracasso da solução.
A negação não precisa ser explicita e muitas vezes não o é, a contra- argumentação defensiva é muitas vezes mais danosa que um conflito administrável.
Investir na inteligência da organização torna-a ativa e não apenas reativa , essa é a tônica das empresas do futuro .
Ivan Postigo é economista, contador, pós-graduado em controladoria pela USP. Vivência em empresas nacionais, multinacionais americanas e européia de lingotamento de aço, equipamentos siderúrgicos, retroescavadeiras e tratores agrícolas, lentes e armações de óculos, equipamentos de medição de calor, pilhas alcalinas, vestuários, material esportivo, refrigerantes, ferramentas diamantadas , cerâmicas, bebidas quentes, plásticos reciclados, hotelaria e injeção de plásticos. Executivo nas áreas fabril, administrativa/financeira, marketing e vendas. Escreve artigos com foco nos aspectos econômicos e de gestão das empresas para jornais e revistas. Desenvolve consultoria e palestras nas áreas mercadológica, contábil/financeira e fabril. Autor do livro: Por que não? Técnicas para Estruturação de Carreira na área de Vendas.