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Por Ivan Postigo
Data de Publicação: 03 de Janeiro de 2011
Muitas empresas enfrentam dificuldades na produção, no controle financeiro, na gestão de marketing e necessitam passar por um processo de reorganização, contudo resistem às mudanças.
Um ponto comum entre elas é o alto turnover gerencial, profissionais entram e saem da empresa, numa quantidade e velocidade impressionantes.
Profissionais experientes parecem não conseguir encontrar formas de estabelecer e conduzir um plano que permita a essas empresas terem uma gestão mais equilibrada, resultados mais satisfatórios, melhores índices de produtividade.
Outro aspecto comum é a falta de apoio e aderência aos planos apresentados.
O histórico de alta rotatividade gera desconfiança quanto à possibilidade de continuidade do profissional, portanto os níveis menores do organograma evitam o risco de aderir a um plano que tem poucas chances.
O barco é o mesmo, é verdade, pode estar afundando, mas poucos se preocupam em ajudar a tirar a água.
Teimosia, orgulho, idéias superadas, falta de confiança, acomodação, desconhecimento de técnicas de gestão, são componentes do processo de gestão que não permitem essas empresas se desenvolverem.
Todo processo de reorganização exige mudanças importantes de conceitos, de comportamento, de atitudes, e se há algo que as pessoas resistem são as mudanças.
Mudanças como discurso provocam aderência sempre, como fato encontram ferozes adversários.
Mudanças provocam alterações de status, geram desconforto por requererem novos aprendizados, muitas vezes aumentam a carga de trabalho, incorporam novas responsabilidades, geram inseguranças, trazem novos desafios, assustam.
Velhas regras, que no passado deram certo, costumam ser utilizadas como panacéias, evitando-se mudanças radicais.
Empresas tradicionais desapareceram, não porque não tivessem mercado ou produtos adequados, mas porque o equilíbrio entre as diversas áreas não foram mantidos.
Uma empresa é tão forte quanto seu ponto mais fraco.
Para vencer a acirrada concorrência, no mundo globalizado, é importante que as empresas tenham diferenciais e os apresentem.
Ter o melhor produto, mas deixá-lo totalmente desconhecido do seu público consumidor é esperar que um milagre mantenha a empresa ativa.
Temos visto nos últimos anos empresas se preocupando em consolidar suas marcas, com isso começam a desenvolver planos mais intensos de comunicação, mas a maioria ainda acha que esse aspecto é um desperdício de recursos.
O profissional contratado para mudar o panorama da empresa, ao não encontrar espaço para desenvolver seu trabalho, acaba sendo demitido ou pede demissão, seguindo para empresas onde possa ter um futuro melhor.
Qual seria o estilo profissional que os gestores dessas companhias gostariam de encontrar?
Aquele que desenvolvesse as idéias enraizadas na empresa, pudesse apanhar o modelo vigente e o tornasse um sucesso.
A probabilidade disso acontecer é pequena, mas pode haver uma acomodação no mercado que gere essa sensação e o profissional contratado com o tempo vai conseguindo implantar novas idéias.
Para isso é necessário tempo, fator que nem sempre empresas com situação financeira delicada podem se permitir.
O paradoxo é que empresas podem encontrar os profissionais necessários para efetuar as melhorias no processo de gestão, mas nem sempre são os esperados.
Ivan Postigo é economista, contador, pós-graduado em controladoria pela USP. Vivência em empresas nacionais, multinacionais americanas e européia de lingotamento de aço, equipamentos siderúrgicos, retroescavadeiras e tratores agrícolas, lentes e armações de óculos, equipamentos de medição de calor, pilhas alcalinas, vestuários, material esportivo, refrigerantes, ferramentas diamantadas , cerâmicas, bebidas quentes, plásticos reciclados, hotelaria e injeção de plásticos. Executivo nas áreas fabril, administrativa/financeira, marketing e vendas. Escreve artigos com foco nos aspectos econômicos e de gestão das empresas para jornais e revistas. Desenvolve consultoria e palestras nas áreas mercadológica, contábil/financeira e fabril. Autor do livro: Por que não? Técnicas para Estruturação de Carreira na área de Vendas.