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Quem sabe faz, quem não sabe pede ajuda

Por Ivan Postigo

Data de Publicação: 03 de Janeiro de 2011

O fundamento de uma empresa é a geração de lucros, quando isto não ocorre todo processo está em risco.

Nesse sentido, sabemos que os problemas precisam ser resolvidos para que não se tornem dilemas e prejudiquem o empreendimento por toda a vida.

O ponto crucial é identificá-los corretamente e encaminhá-los para soluções efetivas. Alguns métodos podem ajudar as empresas no processo de superação de obstáculos de crescimento.

O apoio de especialistas é recomendável, pois acelera o processo, minimiza perdas e prepara a empresa para a construção do futuro.

Há algumas formas de adicionar competência, permitindo que os colaboradores aprendam enquanto fazem. O processo gera empatia, permite estruturar equipes de trabalho e cria foco.

Ao incentivar o empreendedorismo na organização os gestores também disseminam o sentimento de proprietários, que tem um alcance infinitamente maior que os conceitos de colaboradores e funcionários.

No mundo globalizado não há espaço para meio-termo, aprendemos ou perecemos.

Estamos carentes de profissionais qualificados, embora não faltem textos, livros e recomendações aos gestores para que invistam na formação de seus recursos humanos.

Bater nessa tecla não é o mesmo que pregar no deserto?

É verdade, mas o deserto é lugar de beduíno, assim como o mercado de empreendedores. Esses ouvem e agem.

Os únicos que serão encontrados no futuro em suas caravanas e empresas centenárias.

Como consultores podem contribuir nesse processo?

Há alguns modelos bastante interessantes, os quais me agradam aplicar, dos quais farei uma breve explicação:

Orientação

Neste modelo faz-se reuniões de trabalho debatendo necessidades e apontando caminhos. Durante a semana a equipe desenvolve as tarefas. Na reunião seguinte os avanços são avaliados e novas atribuições são estabelecidas.

As reuniões, normalmente, são realizadas uma vez por semana, no período da manhã.

É recomendável que iniciem às 7 horas e terminem às 11 horas. Restando uma hora no período matutino para os gestores efetuarem seus despachos financeiros.

Diagnóstico com recomendação

Para este trabalho os consultores se envolvem nas atividades diárias da empresa, observando todas as necessidades.

Elaboram um relatório e preparam a lista de recomendações.

As recomendações podem ser implantadas pela equipe de colaboradores da organização ou podem ser objeto de trabalho a ser negociado com a equipe da consultoria. A expertise nas questões será determinante para a decisão.

O trabalho de diagnóstico e recomendações normalmente é concluído em um prazo máximo 60 dias. O período depende da disponibilidade de informações na empresa.

Desenvolvimento de projeto com recomendação

Neste modelo os consultores desenvolvem todo o projeto , determinando tarefas e estabelecendo o cronograma de implantação. As tarefas são realizadas pela equipe da empresa, tendo como norteador as orientações da consultoria.

Este modelo tem prazo médio de implantação de 12 meses.

Desenvolvimento de projeto com gerência compartilhada.

Este processo segue o modelo acima, a diferença é que a consultoria divide o gerenciamento com os gestores da empresa.

À medida que as tarefas vão sendo implantadas e pessoas são treinadas, os consultores vão se afastando dos trabalhos operacionais.

Os projetos comercial, fabril, administrativo ou financeiro são preparados, debatidos, e uma vez acordado e o cronograma estabelecido, parte-se para a efetiva implantação.

Este modelo tem prazo médio de implantação de 12 meses.

Tendo como foco a área comercial, para facilitar a visualização, exemplifico itens que precisam estar sob as lentes em um projeto:

  1. Desenvolvimento de programa de comunicação para fortalecimento da Marca do Produto e da Empresa
  2. Pesquisa de opinião na revenda
  3. Estudo e divisão de áreas de trabalho
  4. Estruturação de equipe de venda
  5. Implantação de sistemática de prospecção e oportunidades de negócios
  6. Plano de resgate de clientes Inativos
  7. Desenvolvimento de parceiros e alianças comerciais
  8. Treinamento da equipe de vendas tendo como foco produtos e abordagens
  9. Implantação de sistema de feedback com a equipe de venda e revendedores
  10. Implantação do programa de integração das áreas comercial, financeira e produtiva
  11. Implantação do programa de apoio ao campo no processo de atendimento e prospecção de clientes e oportunidades de negócios
  12. Implantação da sistemática de acompanhamento de resultados
  13. Análise de custos e dos preços de venda alinhados com o planejamento estratégico
  14. Assessoria de imprensa para aumento de visibilidade

A abrangência dos trabalhos dependerá das barreiras a serem superadas e disposição dos gestores de investir no processo.

Pela urgência de medidas, no mundo empresarial quem quer ter sucesso precisa estar atento a seguinte regra: Quem sabe faz, quem não sabe pede ajuda.

Sobre o autor

Ivan PostigoIvan Postigo é economista, contador, pós-graduado em controladoria pela USP. Vivência em empresas nacionais, multinacionais americanas e européia de lingotamento de aço, equipamentos siderúrgicos, retroescavadeiras e tratores agrícolas, lentes e armações de óculos, equipamentos de medição de calor, pilhas alcalinas, vestuários, material esportivo, refrigerantes, ferramentas diamantadas , cerâmicas, bebidas quentes, plásticos reciclados, hotelaria e injeção de plásticos. Executivo nas áreas fabril, administrativa/financeira, marketing e vendas. Escreve artigos com foco nos aspectos econômicos e de gestão das empresas para jornais e revistas. Desenvolve consultoria e palestras nas áreas mercadológica, contábil/financeira e fabril. Autor do livro: Por que não? Técnicas para Estruturação de Carreira na área de Vendas.

Veja a relação completa dos artigos desta coluna