você está aqui: Home → Colunistas → Construindo o Futuro
De acordo com as Leis 12.965/2014 e 13.709/2018, que regulam o uso da Internet e o tratamento de dados pessoais no Brasil, ao me inscrever na newsletter do portal DICAS-L, autorizo o envio de notificações por e-mail ou outros meios e declaro estar ciente e concordar com seus Termos de Uso e Política de Privacidade.
Por Ivan Postigo
Data de Publicação: 05 de Janeiro de 2011
Como vão nossos talentos mercantis?
Pensava nisso, quando me veio uma resposta: Regionais!
Minas Gerais tem grandes lições sobre distribuição de mercadorias, pouco conhecida de nossos profissionais e escolas de negócios. Não citarei nenhuma, mas recomendo uma viagem e pesquisa pela internet, pelo menos, pois garanto, vale a pena.
Daí podem sair grandes dicas para atravessarmos fronteiras.
Em um mundo dominado por poucos poderes, não importa quem exporta - apenas alguns produzem-, importa quem importa. Assim nações criavam suas colônias e abriam novos mercados.
No mundo globalizado, onde a capacidade e a competência para produção estão disseminadas, a forte concorrência privilegia quem se destaca. Esse destaque é obtido pela qualidade, pela marca e, principalmente, pela a forte referência da origem.
É bom porque o café é brasileiro; tem qualidade reconhecida. Estes são fatores de conquista de mercado, passaporte para as fronteiras.
E a marca, que papel exerce? Esta é o fator de preferência do consumidor!
Quando um empresário, sua empresa, produtos e marcas, lutam, isoladamente, para conquistar um mercado, enfrentam enormes barreiras pela diferença de poder na concorrência.
Pense comigo:
Quem tem maior probabilidade de conquista de mercado, a marca A de vinho - ainda que Francês - ou a ação em conjunto de vinhos Franceses?
A marca B de charuto - ainda que Cubano - ou a ação em conjunto de charutos Cubanos?
A marca C de eletrônicos - ainda que Japonês- ou a ação em conjunto de eletrônicos Japoneses?
Se lhe disserem que o relógio XYZ é de excelente qualidade - não sendo você um especialista - como o conceituará?
Ora, a informação que lhe deram não foi essa: "Este é um relógio da marca XYZ, Suíço!"
Faz muita diferença, não?
Pouco provável que tenha a qualidade questionada.
Marcas, mundialmente famosas, atravessam fronteiras e dificultam nossa percepção. Quando acontecer, volte na origem.
Verá que estas são as que permaneceram por terem conquistado a preferência do consumidor, entre muitas que conquistaram o mercado.
Nesse sentido precisamos aprender muito. Não são as grandes equipes, apenas, que dão destaque aos nossos jogadores. É o futebol brasileiro.
A família Gracie tem grande destaque no consagrado ambiente do Brazilian Jiu-Jitsu, que congrega atletas de diferentes "Escolas".
Claro que profissionais reverenciados atraem os olhares e atenção ao nosso mercado, mas a continuidade não se dá pela relevância de um, mas pelo conjunto da obra de uma fonte.
Que grande lição nos deixam o voleibol e o automobilismo nesse aspecto!
Esse é um detalhe que ainda não nos demos conta, suficientemente, para levarmos a sério. Desconhecemos esse fato? Claro que não! É Obvio demais!
Regiões selvagens jamais seriam conquistadas por apenas meia dúzia de isolados pioneiros. A ação conjunta é que permitiu que tivessem sucesso.
Simples? Sim, mas conhecimento não serve para nada se não o aplicarmos.
Para isso é que servem as associações entre os homens: ações cooperadas.
Cooperando derrubamos barreiras e conquistamos o direito de estar presente em novos mercados; competindo conquistamos a preferência do consumidor.
Uma fantástica ação de coopetição - competir, cooperando - que precisamos reconhecer e incentivar.
Branding é o trabalho de construção e gerenciamento de uma marca junto ao mercado. Esta precisa urgentemente de nossa união para destaque, em busca de relevância e visibilidade em muitas áreas: Made in Brazil.
Sem relevância não importa o que façamos, pouco iremos exportar.
Ivan Postigo é economista, contador, pós-graduado em controladoria pela USP. Vivência em empresas nacionais, multinacionais americanas e européia de lingotamento de aço, equipamentos siderúrgicos, retroescavadeiras e tratores agrícolas, lentes e armações de óculos, equipamentos de medição de calor, pilhas alcalinas, vestuários, material esportivo, refrigerantes, ferramentas diamantadas , cerâmicas, bebidas quentes, plásticos reciclados, hotelaria e injeção de plásticos. Executivo nas áreas fabril, administrativa/financeira, marketing e vendas. Escreve artigos com foco nos aspectos econômicos e de gestão das empresas para jornais e revistas. Desenvolve consultoria e palestras nas áreas mercadológica, contábil/financeira e fabril. Autor do livro: Por que não? Técnicas para Estruturação de Carreira na área de Vendas.