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Por Ivan Postigo
Data de Publicação: 05 de Janeiro de 2011
O modelo de gestão das empresas está diretamente ligado ao comportamento de seus gestores ao longo do tempo.
O estado de ânimo é determinante para o processo evolutivo das organizações, por essa razão estas são duramente afetadas quando aspectos depressivos se fazem presentes e afetam os colaboradores.
Vamos tratar depressão como humor persistentemente rebaixado, apresentando-se como tristeza, angústia, sensação de vazio, redução na capacidade de sentir satisfação e vivenciar prazer.
Todos nós estamos sujeitos a enfrentar um processo depressivo.
As causas são inúmeras e geram muitas controvérsias. Podem ter fundo genético ou psicológico, portanto a superação dependerá da nossa disposição de buscar ajuda.
Ajuda sim! Quanto mais rápido melhor.
A mecanização e a informatização são recursos usados para facilitar e agilizar as tarefas, e de forma indireta também influencia nas atitudes das pessoas.
Não muda o modelo decisorial, mas elimina vícios e facilita o encontro com a realidade de forma mais rápida.
Lembra das velhas pastas, com os cheques, que eram colocadas nas mesas dos gestores financeiros, e lá permaneciam horas para desespero dos tesoureiros? Sempre havia uma boa desculpa para a demora.
Acabou. Agora os responsáveis pelas assinaturas, também são pela liberação. Com uma senha, a qualquer hora, podem efetuar o trabalho, sem que seus colaboradores fiquem enlouquecendo suas secretárias, por ter que correr até os bancos para enfrentar as longas e penosas filas.
Os urgentes relatórios, pedidos muitas vezes sem propósito, precisavam ser entregues em mãos. Operação impossível de ser efetuada pelas fiéis escudeiras para não interromper longas conversas pessoais. Acabou. Basta abrir o e-mail!
Viajou, não levou o material, não sabe usar a internet, mas precisa das informações? Simples, converse com qualquer auxiliar onde estiver, ele passará ao seu comandado um e-mail. Em minutos ele receberá tudo o que você precisa e lhe entregará impresso, na cor e tamanho desejados.
Esses exemplos e tantos outros ajudam a eliminar manias e evitam que atrasos emperrem ainda mais a gestão da empresa. Mas, ainda não tomam decisões.
Em gestão não envelhecemos, somos superados. Não perdemos velocidade, os concorrentes é que se tornam mais rápidos. Alguns, muito mais!
Por que razão, então, não mudaria o modelo decisorial?
Para quem "não" vai tomar uma decisão, não importa a informação, nem o tempo em que for colocada a disposição.
Não faltam empresas que passaram por um processo de reorganização e rapidamente voltaram à condição anterior. Saem os consultores, debandam os talentos, afastam-se os determinados, assumem os resistentes e os desistentes.
Que mal há nisso? Nenhum, desde que você não tenha ambição profissional e nenhum plano para o futuro.
Determinação, voluntariedade, comprometimento, conhecimento são grandes incômodos para ambientes depressivos. Geram uma irritante e barulhenta motivação!
O foco no ambiente depressivo não é a mudança do incomodo, mas o incomodo da mudança.
Idéia nova, conceito novo? Bobagem. Pode dar certo em outros lugares, aqui não!
Os concorrentes evoluíram com a nova onda? Que isso! Estão melhores porque o mercado está aquecido.
Lançaram um novo produto? Certeza que não vai pegar.
Entraram em outros segmentos de mercado? Agressivos mercadologicamente coisa nenhuma. Desespero!
Em ambientes assim, a sobrevivência tem fortes ligações e raízes no passado, como se os acertos pudessem ser eternos.
As contratações, quando ocorrem, são feitas pela igualdade de identidade, não pelo potencial colaborativo.
Discursos e comportamentos são facilmente previsíveis, pois seus gestores e comandados são retrovisionários.
Dirigem o negócio procurando o futuro no retrovisor.
Ivan Postigo é economista, contador, pós-graduado em controladoria pela USP. Vivência em empresas nacionais, multinacionais americanas e européia de lingotamento de aço, equipamentos siderúrgicos, retroescavadeiras e tratores agrícolas, lentes e armações de óculos, equipamentos de medição de calor, pilhas alcalinas, vestuários, material esportivo, refrigerantes, ferramentas diamantadas , cerâmicas, bebidas quentes, plásticos reciclados, hotelaria e injeção de plásticos. Executivo nas áreas fabril, administrativa/financeira, marketing e vendas. Escreve artigos com foco nos aspectos econômicos e de gestão das empresas para jornais e revistas. Desenvolve consultoria e palestras nas áreas mercadológica, contábil/financeira e fabril. Autor do livro: Por que não? Técnicas para Estruturação de Carreira na área de Vendas.