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Por Ivan Postigo
Data de Publicação: 08 de Janeiro de 2011
Os modelos de gestão em nossas empresas são constituídos de técnicas consolidadas no mundo. Poucas organizações possuem gestores ou grupo de pessoas inovando e revolucionando o processo. A incessante busca por resultados e a pressão por respostas nos leva à procura de formas testadas e aprovadas.
O mundo empresarial sempre foi intensamente influenciado pelas técnicas do momento, que tem como aspecto negativo o negligenciamento dos processos implantados e positivo a reflexão sobre novas possibilidades.
Não existe a melhor forma, e sim aquela à qual nos adaptamos e que nos permite maximizar desempenhos e resultados.
Seria como se perguntássemos a um atleta da nossa seleção nacional de futebol, qual a melhor maneira para se chutar uma bola. Certamente aquela que acerta o gol e vence o goleiro.
Com tantas possibilidades, qual o artilheiro deveria usar?
Sem a menor dúvida a que ele melhor se adapta, ainda que seja de "bico", afinal qual é o objetivo? Fazer o gol, correto? Não adianta sofisticar o processo e não obter resultados.
Em gestão ocorre a mesma coisa.
As técnicas costumam chegar às nossas empresas testadas e largamente aprovadas, contudo nem sempre conseguimos sucesso em sua implantação.
Reúna seus gestores, apresente-lhes alguma técnica e peça opiniões. Colherá algumas críticas, mas de modo geral ouvirá elogios e aprovação.
Passe para o segundo estágio: implantação na empresa. A partir desse ponto começam as dificuldades.
Ao observar as barreiras levantadas, você se perguntará: - Como é possível divergirem tanto no desenvolvimento e implantação, quando havia plena concordância na avaliação dos conceitos?
Há uma questão interessante quando tratamos de desempenho: pontualidade.
A palavra poderia ser um sinônimo, rigor, por exemplo.
Qualquer que seja a técnica, para gerar resultados precisa de estudo, planejamento, programação e controle. Todas as etapas precisam ser atendidas com rigor.
Onde ocorrem as maiores dificuldades? Na operacionalização.
Não exatamente na execução, mas em cada momento que uma ação se torna necessária.
Em uma reunião de planejamento, as dificuldades podem começar já nos horários e local quando pessoas divergem.
Debatendo necessidades de recursos, barreiras podem ser levantadas, impedindo a evolução do processo.
Atentos, perceberemos que a idéia tem plena aceitação e convergências de opiniões, a divergência está nos propósitos e interesses.
Este também é um fator que leva ao abandono de projetos ainda que implantados com aparente sucesso, pois as divergências levam ao esvaziamento e desinteresse.
Uma forte liderança conduz a equipe a se empenhar e atender todos os passos no processo de planejamento, programação e implantação, mas depois de algum tempo, sem esta à frente, rapidamente os trabalhos ficam prejudicados.
Os exemplos são muitos nesse sentido, nota-se que a concordância com os conceitos não é suficiente para garantir a continuidade da execução.
As razões para divergências pessoais são inúmeras, e estas tem que ser resolvidas em todas as fases, antes de se chegar ao efetivo momento da execução.
O sucesso de qualquer projeto está diretamente ligado ao comprometimento com o atendimento ao planejamento e programação.
O não atendimento, a falta de pontualidade e de rigor, por questões pessoais é sabotagem. Isso é inadmissível em qualquer organização.
Quando as diferenças pessoais são impossíveis de serem resolvidas é melhor não participar.
Nesse sentido, é importante entender que a empresa deve ser maior que seus gestores. É a única forma de harmonizar o processo administrativo e desenvolver projetos com sucesso.
Ivan Postigo é economista, contador, pós-graduado em controladoria pela USP. Vivência em empresas nacionais, multinacionais americanas e européia de lingotamento de aço, equipamentos siderúrgicos, retroescavadeiras e tratores agrícolas, lentes e armações de óculos, equipamentos de medição de calor, pilhas alcalinas, vestuários, material esportivo, refrigerantes, ferramentas diamantadas , cerâmicas, bebidas quentes, plásticos reciclados, hotelaria e injeção de plásticos. Executivo nas áreas fabril, administrativa/financeira, marketing e vendas. Escreve artigos com foco nos aspectos econômicos e de gestão das empresas para jornais e revistas. Desenvolve consultoria e palestras nas áreas mercadológica, contábil/financeira e fabril. Autor do livro: Por que não? Técnicas para Estruturação de Carreira na área de Vendas.