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Por Ivan Postigo
Data de Publicação: 10 de Janeiro de 2011
Quanto mais vivência profissional temos, mais seguro nos sentimos para tomar decisões. Essa segurança nos dá conforto para repetir procedimentos. Deram certo no passado, portanto formamos com isso um arcabouço de soluções que acreditamos podem ser repetidas com êxito.
Os resultados positivos e negativos de nossas ações formam nossa experiência e com ela vem nossa convicção.
Convicção é a certeza com relação a algo, portanto dita nosso comportamento. Se observarmos com atenção determinadas atitudes consideradas teimosia, perceberemos que são norteadas por convicções formadas ao longo do tempo. Esta também é a razão da grande dificuldade de se conseguir mudanças no ponto de vista ou do modo de pensar.
Convicções influenciam e compõem nossas crenças e valores, e vice-versa. Muitas vezes é difícil separar um aspecto do outro.
A aceitação do pensamento ou do modelo em vigor nos auxilia no processo de evolução. Sua contestação permite melhorias, perguntando por que tem que ser assim.
A revolução ocorre quando aceitamos um novo pensamento ou um modelo contestado, perguntando por que não pode ser assim.
Os automóveis, desde a revolução de seu lançamento vêm em um processo evolutivo, ainda não chegamos à era dos Jetsons.
Às revoluções, seguem processos evolutivos que as aperfeiçoam ou as tornam obsoletas.
Os grandes avanços ocorrem quando abrimos a mente para questionarmos nossas próprias convicções, desenvolvendo a capacidade de enxergar além do óbvio e usual. O paradoxo é que toda revolução, uma vez aceita, se torna óbvia.
Hoje, quantas vezes você para e se dá conta que a caneta esferográfica, o relógio, a panela de pressão, e tantos outros bens, presentes no cotidiano de todos nós, foram gerados pela capacidade de contestação e aceitação de evidências de alguns curiosos ou insatisfeitos pensadores?
O que separa o mito da realidade é a capacidade de crer no impossível e não aceitar o possível como definitivo.
O mundo do homem utópico é selvagem para o homem prático, e o deste, ao primeiro, enfadonho.
O detalhe interessante nesse processo é que o sonho, a utopia, acaba se tornando realidade justamente pelas mãos do segundo, aquele que tanto desacreditou no fato.
Os homens da época de Ícaro diriam: - o Homem voar? Como, estás louco?
Esse mesmo ser hoje diz:- O homem voar? Claro, lógico, é obvio que voa!
Muitos, já acostumados com as asas nos ares, nos perguntarão: - Como puderam duvidar?
Da mesma forma como duvidamos de processos muito mais simples.
Note você que a resistência às mudanças em sua empresa se dá na implantação de modelos e processos de gestão amplamente divulgados e consolidados, mas há a crença de que na sua organização não dará certo. As barreiras são tão significativas que o sucesso não demanda uma evolução, mas uma revolução do pensamento.
Boas sementes também precisam de campos férteis e limpos para germinar.
Nosso processo de aprendizagem seria substancialmente facilitado se aceitássemos iniciar novos programas a partir de uma premissa: - Tudo o que você sabe está errado.
Ivan Postigo é economista, contador, pós-graduado em controladoria pela USP. Vivência em empresas nacionais, multinacionais americanas e européia de lingotamento de aço, equipamentos siderúrgicos, retroescavadeiras e tratores agrícolas, lentes e armações de óculos, equipamentos de medição de calor, pilhas alcalinas, vestuários, material esportivo, refrigerantes, ferramentas diamantadas , cerâmicas, bebidas quentes, plásticos reciclados, hotelaria e injeção de plásticos. Executivo nas áreas fabril, administrativa/financeira, marketing e vendas. Escreve artigos com foco nos aspectos econômicos e de gestão das empresas para jornais e revistas. Desenvolve consultoria e palestras nas áreas mercadológica, contábil/financeira e fabril. Autor do livro: Por que não? Técnicas para Estruturação de Carreira na área de Vendas.