você está aqui: Home → Colunistas → Construindo o Futuro
De acordo com as Leis 12.965/2014 e 13.709/2018, que regulam o uso da Internet e o tratamento de dados pessoais no Brasil, ao me inscrever na newsletter do portal DICAS-L, autorizo o envio de notificações por e-mail ou outros meios e declaro estar ciente e concordar com seus Termos de Uso e Política de Privacidade.
Por Ivan Postigo
Data de Publicação: 14 de Janeiro de 2011
Em um restaurante, vi um pai dando uma bronca no filho pequeno e os irmãos tentando defendê-lo. Quando viram que não tinha jeito de tirá-lo da encrenca assumiram a culpa também.
As mesas eram muito próximas e todos acabaram ouvindo a história toda.
O pai meio sem jeito olhou para a platéia e perguntou: - Que faço com eles? Pensei que fosse um só, mas estão juntos nisso!
Um senhor ao nosso lado respondeu: - Explique com calma porque não deveriam ter feito o que fizeram e orgulhe-se, afinal sabem o que é solidariedade e comprometimento.
Na infância fazemos muitas traquinagens, então há momentos bons e ruins.
Quer ver um momento excitante? Aprontar em grupo.
E um terrível? Apanhar sozinho!
Quando aprontamos e escapamos somos heróis, mas quando nos pegam e levamos uma surra, e sozinhos, pagamos o maior mico. Ficamos até em dúvida se a pior parte é apanhar ou encarar os amigos depois.
Amigos? Crianças esquecem a amizade e partem para a provocação! Interessante é que na infância os laços são muito fortes e não se rompem com facilidade. Nessa idade, sabemos que sempre haverá o amanhã e a vez do outro. Ninguém perde por esperar.
Ora, crescemos e daí?
Quando nos perguntarem "estamos juntos nisso", o que responderemos?
Depende da questão? Claro que sim, mas esta não é uma pergunta tão fácil como parece.
Também não é uma pergunta para se fazer a qualquer hora, concorda? Afinal a concordância será depois cobrada!
Raciocinemos:
Vai se casar? Um bom momento para perguntar: - Estamos, realmente, juntos nisso?
Até que a morte nos separe tem se mostrado muito tempo na era moderna, mas que tal um comprometimento de verdade enquanto durar a relação?
Quer ver outro momento especial?
A decisão de ter filhos. Bom, pode ser que não de tempo para planos, mas já que a cegonha virá mesmo que tal refletir um pouco e descobrir o que falta e perguntar: - Estamos juntos nisso?
Foi assim que começamos, mas vai continuar?
Casamentos podem não ser para a vida toda, mas filhos com certeza são. Estamos comprometidos com sua "criação" e educação?
Que tal este?
Você vem tentando convencer seu pai a lhe pagar um curso no exterior. Ele não está animado, afinal seu comprometimento com os estudos não é dos maiores. Depois de refletir bastante ele diz: - Eu pago, mas vou estabelecer algumas condições, se não forem cumpridas você me dará seu carro e só poderá ter um quando você o comprar com seu esforços. Estamos juntos nisso?
Quando você está cuidando de algumas tarefas, comandando uma equipe ou vai contratar alguém, depois de explicar o que espera do grupo ou da pessoa, não gostaria de ter uma resposta franca quando perguntasse: - Estamos juntos nisso?
Imagine que seu chefe está em uma enrascada, convenceu os colegas e obteve apoio para um projeto e agora as coisas não se mostram nada bem. Os trabalhos não evoluem, ele acha que está correndo sério risco e resolveu pedir sua ajuda.
Para você as implicações seriam menores em caso de fracasso, mas isso não evitará que tenha que se expor defendendo algumas idéias e indicações de soluções.
Depois de uma conversa franca, ele lhe diz: - Fico feliz que você possa me ajudar, mas como este trabalho envolve riscos, gostaria que refletisse e só dissesse sim quando tivesse certeza que pode responder positivamente que estamos juntos nisso.
Neste momento está seguro que estamos juntos nisso ou quer mais tempo para pensar?
Há um bilhete na minha mesa, com várias rubricas, me provocando por causa dessa frase.
Está escrito o seguinte: Estamos juntos nisso. O que você propõe?
Simples: Vamos fazer deste um grande país?
E você, está conosco?
Estamos juntos nisso?
Ivan Postigo é economista, contador, pós-graduado em controladoria pela USP. Vivência em empresas nacionais, multinacionais americanas e européia de lingotamento de aço, equipamentos siderúrgicos, retroescavadeiras e tratores agrícolas, lentes e armações de óculos, equipamentos de medição de calor, pilhas alcalinas, vestuários, material esportivo, refrigerantes, ferramentas diamantadas , cerâmicas, bebidas quentes, plásticos reciclados, hotelaria e injeção de plásticos. Executivo nas áreas fabril, administrativa/financeira, marketing e vendas. Escreve artigos com foco nos aspectos econômicos e de gestão das empresas para jornais e revistas. Desenvolve consultoria e palestras nas áreas mercadológica, contábil/financeira e fabril. Autor do livro: Por que não? Técnicas para Estruturação de Carreira na área de Vendas.