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Por Ivan Postigo
Data de Publicação: 14 de Janeiro de 2011
As redes sociais estão em alta, com isso também as relações.
Nunca foi tão fácil incrementar o networking, não importa se para tratar de trabalho ou dos nossos hobbies.
Quer falar de cinema, trocar dicas de livros, procurar lugares para acampar, fazer intercâmbio, encontrar uma moradia no exterior, construir um orquidário, buscar um novo emprego, formar um grupo para happy hour, passar o tempo e jogar conversa fora?
Simples, fácil. Internet, redes sociais. As possibilidades são muitas.
Amplitude e variedade demandam critério de seleção para que suas novas e velhas relações tenham qualidade.
O isolamento, o sentimento de solidão por falta de amigos, que dão às pessoas um sentimento de uma droga de vida, ao não fazerem as adequadas escolhas, trazem a droga à sua vida.
Esse é um mundo no qual não é difícil entrar. Não faltam produtos nocivos no mercado e pessoas tóxicas.
Pessoas ruins estão sempre prontas para entrar em ação, basta lhes dar oportunidades. Isso ocorre na vida e no trabalho.
Como gestão é meu negócio, sobre esta questão é que vou tratar.
As relações no trabalho são complexas, pois tratam de negócios e vantagens.
Vantagens, no sentido positivo, tratando de promoções e recompensas pelo bom desempenho. Também no sentido negativo, tirando proveito de uma situação em benefício próprio, qualquer que seja o prejuízo aos colegas de trabalho.
Os aspectos mais complexos em gestão, normalmente, não residem em questões técnicas, mas na administração de interesses para equilíbrio e harmonia das relações.
Muitos conflitos não são gerados por discordância técnica, mas de interesses. O homem ao decidir para ter razão e não para gerar resultados confronta a lógica das relações e traz toxicidade ao ambiente.
A influência negativa independe de cargo e situação. A toxicidade gerada nos altos escalões costuma ter rápida disseminação e adesão para segurança dos cargos. Vinda dos escalões menores demora a ser percebida, ainda que possa causar sérios danos.
Preocupados com seus empregos, muitos gestores não se arriscam a interferir nesses processos, negligenciando seus efeitos devastadores. Quando se vêem obrigados a agir, o mal já está feito.
Empresas perdem profissionais competentes por não terem um alerta que dispare e indique o grau de toxicidade nas relações.
Ao se sentirem impotentes e prejudicadas, pessoas qualificadas preferem não dar murros em ponta de faca e seguem para o mercado em busca de ambientes mais saudáveis.
Quanto mais tóxico o ambiente, menor é a capacidade dos gestores perceberem os danos que provocam as perdas de profissionais.
Relações tóxicas influenciam pessoas, situações e opiniões.
Uma vez o desastre ocorrendo, as escusas são óbvias: - Não sabíamos que isso estava acontecendo!
Como todos estão comprometidos com a negligência, a desculpa rapidamente é aceita.
Relações tóxicas não podem ser avaliadas por gestores intoxicados, é necessário ajuda de pessoas isentas desses elementos.
A manipulação das toxinas costuma gerar muita dor até que sejam eliminadas.
O processo não é simples e demanda muita determinação e disposição dos gestores.
Por negligência ou inocência o homem paga muito caro por criar relações tóxicas.
Ivan Postigo é economista, contador, pós-graduado em controladoria pela USP. Vivência em empresas nacionais, multinacionais americanas e européia de lingotamento de aço, equipamentos siderúrgicos, retroescavadeiras e tratores agrícolas, lentes e armações de óculos, equipamentos de medição de calor, pilhas alcalinas, vestuários, material esportivo, refrigerantes, ferramentas diamantadas , cerâmicas, bebidas quentes, plásticos reciclados, hotelaria e injeção de plásticos. Executivo nas áreas fabril, administrativa/financeira, marketing e vendas. Escreve artigos com foco nos aspectos econômicos e de gestão das empresas para jornais e revistas. Desenvolve consultoria e palestras nas áreas mercadológica, contábil/financeira e fabril. Autor do livro: Por que não? Técnicas para Estruturação de Carreira na área de Vendas.