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Por Ivan Postigo
Data de Publicação: 17 de Janeiro de 2011
Você, um profissional experiente, especialista em determinados assuntos, quando se defrontar com uma explicação ou trabalho que não consegue entender, e que deveria ser simples, esteja seguro que algo o está mascarando ou desvirtuando.
Questões que se mostram complexas demonstram que há falta de entendimento ou conhecimento.
O caminho na busca de solução se resume a um processo: Simplifique!
Quando pensamos em fórmulas rapidamente imaginamos algo complexo. Relacionadas a questões químicas então piorou, não? Lembra da tabela Periódica?
Garoto, trabalhava em um escritório de contabilidade. Naquela época preenchíamos centenas de declarações de imposto de renda na máquina de escrever com papel carbono. Calma, não faça conta não. Faz tempo sim!
Todos os dias lá estávamos nós. Eu e meu grande amigo Ailton, atendendo o público e preenchendo a papelada. Um dia ele me perguntou: - Você sabe o que está escrito atrás da cibalena?
Lógico que eu não tinha a menor idéia. Riu e disparou dimetilaminofenildimetilpirazolona. Um amigo tinha lhe contado e ele escrevera em um papel e treinara até decorar.
Naquela época vivíamos, na escola, às turras com todas as formulações de química, então pensamos: Isso deve ter alguma lógica, lógico.
Aproveitamos que não havia ninguém para ser atendido, largamos o que estávamos fazendo, e começamos a rabiscar num papel, dividindo a palavra, usando o pouco que sabíamos da matéria e de compostos químicos:
Di metil amino fenil di metil pirazolona
Que nos levou a 2 metil amino fenil 2 metil pirazolona
Concluímos: metil metil amino fenil metil metil pirazolona
O que aprendemos com isso? Praticamente nada, o objetivo era apenas decorar a palavra. Isso não só consegui como não consigo esquecer e algumas décadas já se passaram.
Lembra do Einstein? E da fórmula que associamos ao seu nome: E=mc²?
Não sei para que serve, mas que é simples é.
Que tal débito e crédito na contabilidade? Demorei um pouco para entender, mas ficou fácil quando me ensinaram primeiro a ler o balanço para depois fazer os lançamentos contábeis.
Gestão empresarial não é uma matéria tão complexa como muitos fazem crer. Requer conhecimento, lógica e disciplina.
Um exemplo bastante simples:
Recebemos com freqüência ligações de pessoas que nos perguntam se fazemos prospecção de clientes. Depois de alguns minutos de conversa verificamos que é mais um achando que prospecção de clientes se resume a uma lista de empresas, com nomes, endereços, telefones e e-mails.
Por que estão em busca de novos contatos? Por que aqueles que dispõem não estão gerando negócios. Percebemos que a empresa não precisa de mais contatos, mas de habilidade para apresentar propostas. Suas dificuldades não se resumem à prospecção de clientes, mas à prospecção de oportunidades de negócios.
Empresas pagam caro os empréstimos e os descontos de duplicatas, e seus gestores vivem se queixando. Trabalham com um ou dois bancos apenas e não mostram disposição para conversar com os demais que os contatam. Poucos sabem que os gerentes de suas contas podem ser seus procuradores e defensores dentro das instituições e seus grandes conselheiros.
Não tomam recursos do BNDES, com taxas atrativas, mais por desconhecimento do que por encontrar barreiras.
Não faltam organizações com gestões fabris confusas, dispendiosas e ineficientes por falta de um sistema adequado e aplicação racional dos recursos. Algumas pecam por falta de disciplina. Simplesmente, em operações repetitivas, não observam a continuidade.
Ora, se o sistema pede um, não coloque dois. Precisa ser feito agora? Não faça depois. Quando é para pesar, não conte. Quando o controle é no sistema, não controle em planilha.
Ah, eu pensei que...
Pensemos: Estratégia, tática, ação.
A estratégia definiu, a tática estabeleceu, a ação...
O que faz a ação?
Momento de agir não é momento para pensar. Quando não souber o que fazer volte aos passos que antecedem a ação.
Cosméticos no processo de gestão só servem para disfarçar deficiências. Antes de agir entenda no que está se metendo!
Ivan Postigo é economista, contador, pós-graduado em controladoria pela USP. Vivência em empresas nacionais, multinacionais americanas e européia de lingotamento de aço, equipamentos siderúrgicos, retroescavadeiras e tratores agrícolas, lentes e armações de óculos, equipamentos de medição de calor, pilhas alcalinas, vestuários, material esportivo, refrigerantes, ferramentas diamantadas , cerâmicas, bebidas quentes, plásticos reciclados, hotelaria e injeção de plásticos. Executivo nas áreas fabril, administrativa/financeira, marketing e vendas. Escreve artigos com foco nos aspectos econômicos e de gestão das empresas para jornais e revistas. Desenvolve consultoria e palestras nas áreas mercadológica, contábil/financeira e fabril. Autor do livro: Por que não? Técnicas para Estruturação de Carreira na área de Vendas.