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Por Ivan Postigo
Data de Publicação: 23 de Maio de 2011
Grandes homens e seus pensamentos presentes serão notados apenas no futuro, quando o passado escrever suas histórias.
Se aqueles que se foram voltassem com novas roupagens e nos falassem sobre outras idéias os chamaríamos loucos, agitadores, insanos!
Gênios presentes não são percebidos pelo presente homem, que vive com a cabeça no futuro e os olhos e ouvidos no passado.
Palavras como foi bom, deu certo, valeu a pena, trouxe riqueza, dão mais segurança que a incerteza do será bom, dará certo, valerá a pena, trará riqueza.
No universo somos um povo avançado ou um planeta esquecido, abandonado à própria sorte?
Teriam os alienígenas extraterrestres nos visitado e vendo nosso atraso e comportamentos egocêntricos nos abandonado e esquecido?
Seríamos vítimas de nossa omphaloskepsis, a excessiva introspecção, preocupados demais com nossos próprios umbigos?
Os alienígenas consultores teriam sido substituídos por consultores alienistas, em virtude de nossa própria característica alienante?
O sábio pouco pode ensinar ao ignorante que a sabedoria rejeita. O homem tem mais medo do que não conhece do que daquilo que se apresenta de fato. Que nos desminta o Frances Michel de Notredame, conhecido como Nostradamus, nascido no ano de 1503, que, com seus livros proféticos, causa arrepios ao mundo.
Conhecedor do homem, Nostradamus fez suas previsões, desafiando as mentes mais privilegiadas, provocando alarde, pois nada intriga mais o homem e o amedronta do que aquilo que a ciência e a razão desconhecem.
O fim da vida com a degradação ambiental não gera tanta especulação, debates e interesses como 2012 no calendário Maia.
Do presente não aproveitamos as lições. O homem registra o fato para que o passado o torne história, que será contada com alarde no futuro.
Nos últimos cinquenta anos provocamos mais prejuízos ao planeta que em toda nossa existência, mas enquanto não formos duramente atingidos continuaremos alienados.
Vestimos luto, choramos algumas horas e seguimos em frente, até a próxima catástrofe, no mesmo local.
Que diríamos a Noé se construísse no terreno ao lado uma arca totalmente informatizada?
— Esperando outro dilúvio? - Talvez!
Que diríamos a Jesus, se no meio do expediente, na mesa ao lado, mochila no chão, capacete apoiado sobre esta, ao notar comportamentos incoerentes nos dissesse: "O olho é a lâmpada do corpo. Se teu olho é bom, todo o teu corpo se encherá de luz. Mas se ele é mau, todo teu corpo se encherá de escuridão. Se a luz que há em ti está apagada, imensa é a escuridão."
— Ora, trabalha, não enrola, deixa a poesia de lado! - certamente seria a frase, sob risos.
E lá seguiria o menino com sua moto e sua cruz...
Assim é o homem, cético, incoerente, paradoxalmente crédulo e incrédulo. Não crê no semelhante, prefere, muitas vezes, a imagem que constrói. Como Chuck Noland ( Tom Hanks), no filme Náufrago ( título original Cast away), cuja solidão o faz transformar a bola em amigo e divindade: Wilson!
No futuro, nosso passado terá o registro de cada presente ato, quer importem à alguém ou não!
Ivan Postigo é economista, contador, pós-graduado em controladoria pela USP. Vivência em empresas nacionais, multinacionais americanas e européia de lingotamento de aço, equipamentos siderúrgicos, retroescavadeiras e tratores agrícolas, lentes e armações de óculos, equipamentos de medição de calor, pilhas alcalinas, vestuários, material esportivo, refrigerantes, ferramentas diamantadas , cerâmicas, bebidas quentes, plásticos reciclados, hotelaria e injeção de plásticos. Executivo nas áreas fabril, administrativa/financeira, marketing e vendas. Escreve artigos com foco nos aspectos econômicos e de gestão das empresas para jornais e revistas. Desenvolve consultoria e palestras nas áreas mercadológica, contábil/financeira e fabril. Autor do livro: Por que não? Técnicas para Estruturação de Carreira na área de Vendas.