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Por Ivan Postigo
Data de Publicação: 18 de Junho de 2011
Data de Publicação: 18 de Junho de 2011
Ao ser humano idéias não faltam, materializá-las é que é a questão.
A lista de dificuldades pode ser encabeçada pelo dinheiro e terminar com a individualidade.
Não é comum encontrarmos pessoas com capacidade criativa e competência criadora. Por essa razão a sabedoria em uma organização está em adicioná-las.
Os locais onde o magnetismo da realização se mostra presente costumam reunir essas forças.
O estudo das organizações nos mostrará que há nascedouros de idéias e nascedouro de produtos.
Algumas empresas, por não permitirem a germinação, são como árvores que lançam sementes ao vento. Vêem nascerem novos competidores, agressivos concorrentes ou exploradores de segmentos que não puderam perceber, com idéias ali geradas.
Por outro lado, há organizações que sem mostram como campos férteis, propícios para receber novas e variadas sementes. Chegam a vender parte de seus negócios e continuam criando outros.
De onde vem essa energia criadora, se o seu idealizador, muitas vezes, não tem uma história pessoal que o destaque, mas sim a sua organização?
Qual é o segredo desse poder catalisador?
Podemos considerá-lo como um talento pessoal e de grupo. Algo inato, mas também desenvolvido. Uma habilidade que deveríamos ter aprendido há muito tempo, quando iniciávamos nossos primeiros passos na aprendizagem.
Naqueles encontros em que um amigo ensinava uma mágica, outro um truque com a bola, outro como fazer sombras em um desenho, havia aquele que ensinava como imitar, como cantar, alguns acordes em um instrumento, informações que alguma forma poderiam compor um trabalho ou auxiliar na formação do perfil de um estudante.
Assim são as empresas que aprendem.
Por que não dizer o homem e sim a empresa?
Pela razão fundamental: resultado da aplicação. O produto não será resultado da ação de um, mas de muitos. Como em um jogo de voleibol: Um recebe, outro levanta para que um terceiro corte.
Por que razão as empresas, todas, não são assim?
Por que no jogo do empreendedorismo as regras são livres. Cada um faz a sua e nem sempre são aceitas pelos próprios companheiros.
Modelos de gestão aceitos têm muito a ver com comportamentos. E estes têm seus capilares criativos e criadores, os quais costumam ter predominância.
Organizações com ambientes propícios à alta criatividade e baixa materialização enfrentam elevados turnover. Talentos chegam e partem com suas idéias.
Reunir os colaboradores para debates sobre criação e materialização é determinante para a criação do futuro.
Quem somos, onde estamos, para onde queremos ir, o que somos capazes de criar, qual nosso potencial materializador, que competências necessitamos adicionar, quais não podemos perder, são questões primordiais que determinam o rumo dos negócios.
Um olhar atento vai nos mostrar que no mercado os competidores são muitos, mas concorrentes em posições lucrativas poucos e todos prontos para inovação e renovação.
Não são momentos fortuitos que consolidam o modelo criativo- criador, mas a competência de desenvolvimento de relações.
É necessário aceitar e incentivar o homem a serviço do homem. Para criar, para materializar.
A fantasia tem que dar lugar à realidade na execução.
A riqueza da cultura criativa ? criadora está na simbiose, se assim pudermos ou quisermos tratar.
Simbiose é a associação de dois ou mais seres de espécies diferentes, que lhes permite viver com vantagens recíprocas e os caracteriza como um só organismo. Neste caso a empresa inovadora.
Apenas a concretude sustenta e pode dar vida longa à fantasia por sua perenidade. E sem a fantasia a concretude não tem razão de existir.
Uma viagem pelas reflexões de Domenico de Masi sobre fantasia e concretude e a abordagem sobre grupos criativos e criatividade é recomendável.
Uma idéia sem materialização é só uma reflexão, sem consequências, e rapidamente estará sob domínio de outra organização.
Em um mundo competitivo, onde a vantagem está com aquele que é capaz de tornar as próprias idéias obsoletas, este conhecimento não pode ser novidade.
Não reconhecê-lo é atraso, desconhecê-lo a falência.
Por ser óbvio é invisível para muitos, como tudo que é óbvio.
O óbvio ao óbvio: Sucesso aos homens criativos e suas empresas criadoras!
Os que não forem juntem-se, organizem-se e aprendam!
Ou pereçam...
Ivan Postigo é economista, contador, pós-graduado em controladoria pela USP. Vivência em empresas nacionais, multinacionais americanas e européia de lingotamento de aço, equipamentos siderúrgicos, retroescavadeiras e tratores agrícolas, lentes e armações de óculos, equipamentos de medição de calor, pilhas alcalinas, vestuários, material esportivo, refrigerantes, ferramentas diamantadas , cerâmicas, bebidas quentes, plásticos reciclados, hotelaria e injeção de plásticos. Executivo nas áreas fabril, administrativa/financeira, marketing e vendas. Escreve artigos com foco nos aspectos econômicos e de gestão das empresas para jornais e revistas. Desenvolve consultoria e palestras nas áreas mercadológica, contábil/financeira e fabril. Autor do livro: Por que não? Técnicas para Estruturação de Carreira na área de Vendas.