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Por Ivan Postigo
Data de Publicação: 22 de Junho de 2011
O homem ao se dar conta que a caneta tem mais força que a espada e o mouse mais do que as bombas, não precisa invadir territórios para dominá-los.
A brutalidade é gerada pela falta de habilidade nos processos mercantilistas e de negociação.
As metrópoles carentes de recursos naturais procuram obtê-los com trocas, evidentemente que vantajosas, o mesmo procuram as colônias, dentro do possível!
É a sabedoria que diferencia os homens dos ursos.
O urso, ao descobrir uma colméia, onde a colônia de abelhas trabalha para fabricar o mel, a destrói para saboreá-lo. Só se retira devido ao feroz ataque da legião defensora.
O homem, com sabedoria, procura domesticá-las e oferecer locais propícios à coleta de néctar e polinização, como áreas de eucaliptos, laranjais, macieiras, pessegueiros, entre tantas outras.
Por umas poucas ferramentas e apetrechos, os espelhinhos tão comentados, nossos povos indígenas derrubavam e enchiam navios com pau-brasil, vendido pelos portugueses na Europa para tingimento de tecidos. Este corante foi para os portugueses o que a prata americana foi para os espanhóis.
Muitos países por não desenvolverem e também não se aplicarem na exploração intensiva de recursos tecnológicos, para fabricação de artigos de exportação, os obtém em troca de seus recursos naturais.
A tecnologia importada, muitas vezes obsoleta, serve para a produção de bens de subsistência, enquanto a riqueza natural é exaurida sem trazer ao povo a riqueza que proporcionaria o sonhado bem estar.
As barreiras para o desenvolvimento estão mais ligadas aos nossos modelos mentais que estabelecem os modelos de gestão, do que qualquer resistência à disponibilização do recurso pelo criador.
Reservas de mercado costumam gerar atrasos difíceis de serem superados no futuro. Ter a máquina não é suficiente, é necessário saber operá-la e ter consciência do momento de trocá-la.
Em determinada época nos deparamos com um empresário muito resistente à informática. Quando, depois de muita insistência, aceitava trocar alguns computadores na empresa, por evidente defasagem tecnológica, exigia que o novo seguisse um dos dois caminhos: ele teria prioridade em recebê-lo e em segundo lugar seu filho, ainda adolescente, que passava o dia na rede e com os jogos. Os seus eram enviados aos funcionários.
O garoto tinha bom conhecimento das vantagens , lia, sabia sim o que estava recebendo, mas o pai não tinha a menor noção. Desconfiava apenas que era mais rápido.
Esse argumento foi inúmeras vezes usado para convencê-lo a atualizar o parque de máquinas: - Chefe, está na hora de trocar sua máquina, o mercado já tem um modelo mais rápido!
Um espelho novo dá ao cacique conforto e impede Narciso de cair nas águas.
E nós, orgulhosos, deixamos de nos mirar no pequeno objeto e projetamos nossa imagem nas redes sociais. Ah, Narciso, vivo fosse...
O estágio colonial só pode ser superado pela educação que traz conhecimento e disposição para o desenvolvimento. A conquista de mercado, além fronteira, obriga os povos a lidar com novos costumes, línguas e dialetos. Deixam, portanto, de concorrer com gente como eles, para concorrer com gente diferente.
Povos, enquanto não tiverem essa consciência, formarão as colônias da globalização.
Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
Postigo Consultoria Comunicação e Gestão
Fones (11) 4526 1197 / (11) 9645 4652
Twitter: @ivanpostigo
Skype: ivan.postigo
Nossas maiores conquistas não estão relacionadas às empresas que ajudamos a superar barreiras e dificuldades, nem às pessoas que ensinamos diretamente, mas sim àquelas que aprendem conosco, sem saber disso, e que ensinamos, sem nos darmos conta.
Resumo
O homem ao se dar conta que a caneta tem mais força que a espada e o mouse mais do que as bombas, não precisa invadir territórios para dominá-los.
A brutalidade é gerada pela falta de habilidade nos processos mercantilistas e de negociação.
Tags
Ivan Postigo, colônia, metrópole, mercantilismo, negociação, globalização, comércio exterior, exportação e importação
Por Ivan Postigo
Data de Publicação: 22 de Junho de 2011
Em alguns segmentos de negócios a força da marca é fundamentalmente a chave para o sucesso.
No mercado já não há espaço para todo mundo, pois o avanço tecnológico cada dia mais elimina as possíveis diferenças técnicas. Isso é um fato incontestável, mas ainda há muitos gestores que negligenciam o fato.
Marcas se sobressaem por atenderem a princípio os interesses globais e posteriormente as diferenças. Isso é que as torna únicas, não ficando presas ao lugar comum.
O que diferencia as marcas líderes das semelhantes, das cópias, das covers é justamente sua identidade.
Marcas carregam a história de seu nascedouro e da sua trajetória que também fez história. Marcas mudam comportamentos e se inserem na cultura de uma nação.
No valor de mercado de muitas organizações está o ativo intangível, representado também pelo valor econômico de sua marca, que muitas vezes significa mais cinquenta por cento.
É fácil notar que única diferença entre as empresas concorrentes tem se estabelecido na gestão das marcas. A liderança das marcas faz de suas detentoras líderes de mercado, tornado-as fortes concorrentes onde quer que atuem.
Esse patrimônio é obtido com o desenvolvimento da cultura do sucesso.
A cultura do sucesso é mantida com resultados econômicos e financeiros favoráveis que permitem atrair e reter o capital intelectual.
O capital intelectual carrega valores excepcionais, pois está sob o domínio de pessoas competentes, confiáveis, saudáveis, e eficientes que tornam a empresa criativa e produtiva.
Os concorrentes não se deparam apenas com uma empresa, uma marca, mas com um conceito reverenciado, uma cultura aceita, admirada e, muitas vezes, amada.
Uma marca não se faz com um risco, um traço, um logo, uma cor, mas com criatividade, conhecimento de mercado, atendimento a desejos e ansiedades, relacionamentos, interação, aprendizado contínuo, visão de futuro, respeito a crenças e valores e adição de competência.
Uma empresa que cultiva e se dedica ao sucesso da marca desenvolve forte trabalho na área de recursos humanos para ter uma organização com um ambiente estável e seguro, onde a eficiência e a eficácia reinem.
A diversidade que internamente cria se torna a unidade que externamente concorre.
Ainda que sem perceber, pela própria cultura, seus gestores procuram meios para atrair, motivar talentos, encorajar a participação, e manter a paixão e aderência aos valores e crenças da organização.
Por essas razões, que não são poucas e muitas vezes difíceis de entender, afinal há muita subjetividade no processo, marcas líderes se apresentam cada vez mais líderes.
É verdade que alguns estudiosos podem não concordar com este ponto de vista, afinal há defensores que um dia o mundo não terá marcas, nem logos, mas é fácil obter uma boa dose de realidade: basta ir ao mercado competir.
Veja que disse competir, pois poucos terão a oportunidade de concorrer!
Ivan Postigo é economista, contador, pós-graduado em controladoria pela USP. Vivência em empresas nacionais, multinacionais americanas e européia de lingotamento de aço, equipamentos siderúrgicos, retroescavadeiras e tratores agrícolas, lentes e armações de óculos, equipamentos de medição de calor, pilhas alcalinas, vestuários, material esportivo, refrigerantes, ferramentas diamantadas , cerâmicas, bebidas quentes, plásticos reciclados, hotelaria e injeção de plásticos. Executivo nas áreas fabril, administrativa/financeira, marketing e vendas. Escreve artigos com foco nos aspectos econômicos e de gestão das empresas para jornais e revistas. Desenvolve consultoria e palestras nas áreas mercadológica, contábil/financeira e fabril. Autor do livro: Por que não? Técnicas para Estruturação de Carreira na área de Vendas.