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Por Ivan Postigo
Data de Publicação: 27 de Junho de 2011
No século VIII , na dinastia Han, alquimistas taoistas, em busca do elixir da imortalidade, misturando várias substâncias, descobriram a pólvora.
O composto, a princípio foi usado em fogos de artifícios e sinalização, com o tempo passou a ser utilizado em granadas, arremessadas por catapultas.
A primeira referência a um canhão aparece em 1126, quando tubos feitos de bambu foram usados para disparar mísseis contra o inimigo.
Com o tempo os tubos de bambu foram substituídos por tubos de metal. Registros apontam que o mais antigo canhão na China data do ano de 1290.
Essa descoberta aumentou substancialmente o poderio militar chinês
Como recurso de defesa e conquista, a pólvora, de forma violenta, exerceu o seu papel.
E assim, colonizadores e colonizados deixaram um rastro de destruição na história.
Bom seria se esses embates tivessem ficado somente nos livros, mas o homem, com toda sua inteligência, ainda não foi capaz de abolir os confrontos armados.
A informação acaba exercendo duplo papel nos dias de hoje. Com a velocidade e visibilidade que tem em alguns momentos os minimiza, em outros os acirra.
Fato é que com a descoberta da pólvora o mundo se transformou, e o homem também.
A conquista tem se mantido no campo das transações comerciais, com a ocupação de mercados e não de territórios. Os recursos são os produtos, com suas marcas e preços atrativos.
Revolucionários em alguns momentos, resultado dos avanços tecnológicos, questionados em outros, pela manipulação do câmbio pelos governos e pelas desigualdades trabalhistas.
Mesmo empresas multinacionais, com seus afiados discursos de proteção ao trabalhador e campanhas contra sua exploração, têm sido apanhadas em pecado.
A última linha do balanço, que derruba as cotações das ações e traz instabilidade ao mercado, tem levado gestores a negligenciar seus próprios mandamentos.
O mercado, nesse sentido, é implacável. O crítico hoje poderá ser o criticado amanhã por se render aos fatos e buscar vantagens ou meios de sobrevivência.
Aquele que combatia importações quem sabe em futuro próximo não estará empreendedor nesse mesmo país exportador?
No mundo dos negócios não há espaço para romantismo, pois como costuma repetir um amigo empreendedor: "O dinheiro é covarde e oportunista. Bem tratado aparece, mas foge ao menor sinal de perigo".
Ouço e leio muitos comentários sobre nossa competência em gestão, mas gosto de chamar atenção para o fato de que nossa participação no comércio mundial é muito pequena. Mesmo com todo destaque ao BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), apenas a China tem avançado em muitas áreas e incomodado, principalmente em nosso mercado. De qualquer forma, a oferta mundial de produtos tem aumentado em todos os cantos do planeta.
Encontrar um produto importando nas prateleiras dos supermercados é fato comum.
Com o CIVETS (Colômbia, Indonésia, Vietnam, Egito, Turquia, África do Sul) ganhando expressão no mercado mundial, certamente a concorrência será mais acirrada.
Não podemos nos iludir falando em concorrer em mercados que sequer competimos.
A conquista no mundo globalizado tem como recurso a redescoberta da pólvora: Bosempo Basem - Bom Sempre que Possível, Barato Sempre!
Ivan Postigo é economista, contador, pós-graduado em controladoria pela USP. Vivência em empresas nacionais, multinacionais americanas e européia de lingotamento de aço, equipamentos siderúrgicos, retroescavadeiras e tratores agrícolas, lentes e armações de óculos, equipamentos de medição de calor, pilhas alcalinas, vestuários, material esportivo, refrigerantes, ferramentas diamantadas , cerâmicas, bebidas quentes, plásticos reciclados, hotelaria e injeção de plásticos. Executivo nas áreas fabril, administrativa/financeira, marketing e vendas. Escreve artigos com foco nos aspectos econômicos e de gestão das empresas para jornais e revistas. Desenvolve consultoria e palestras nas áreas mercadológica, contábil/financeira e fabril. Autor do livro: Por que não? Técnicas para Estruturação de Carreira na área de Vendas.