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Por Ivan Postigo
Data de Publicação: 05 de Outubro de 2011
Recursos tecnológicos e produção em massa permitem reduzir custos e oferecer os produtos a preços competitivos, certo?
Com isso as empresas podem não só concorrer, mas liderar o mercado, não é verdade?
Excelente! Vamos reunir todos os livros sobre gestão empresarial e reciclá-los para outra finalidade, afinal todos os segredos foram descobertos. Quantas pessoas e quantos anos foram dedicados à essa descoberta, e tudo estava à nossa frente!
Sim, mas e quando inventarem um produto que torne obsoleto aquilo que conhecemos?
E por que inventariam?
Hum, sei lá, coisa desses tais cientistas, pessoas ligadas à moda e, claro, os inconformados e os grupos que compram!
Os grupos que compram!
Pensando bem, acho que temos observar esses grupos e estudá-los...
Entendendo o que são, o que querem, para que querem e quanto querem, poderemos decidir o que produzir, quanto e como...
Sei... melhor trazer os livros de volta, vamos precisá-los!
Ora, se a questão tem como prioridade o estudo do homem e não da máquina, por que falamos tanto em tecnologia!
Pensemos: esta foi a grande alavanca do progresso, quando as necessidades básicas precisavam ser atendidas.
Ocorre que agora há muita gente trabalhando da mesma forma para atender essas necessidades básicas, gerando excedentes, cujos preços não pagam os materiais, os empregos e, ainda, não remuneram os capitais de forma adequada.
Por essa razão alguns países e organizações priorizam e investem no conhecimento.
Conhecimento dos materiais e suas aplicações, das leis da física, química, do homem e suas emoções.
Já parou para pensar que as pessoas envolvidas na criação do automóvel, do avião, por exemplo, não tinha como foco sua aplicação. Certamente outras pensavam nas necessidades do homem e ao se depararem com a tecnologia, plim!
Assim que tiveram acesso, não só fizeram uso, como aprimoraram.
A história das invenções é farta de exemplos de criações abandonadas porque não encontraram, naquele momento, aplicação.
Poderíamos pensar: Da Vince teve muitas idéias, mas na época não havia competência tecnológica para materialização.
Não! Sempre que o homem encontrou uso, concretizou suas idéias. Onde está o segredo, então?
Na adição de competência. O criador não precisa necessariamente ser o empreendedor.
Aquele que procura encurtar distâncias encontra uso para o automóvel, avião, barcos, foguetes e linhas de comunicação.
A revolução da internet não está na sua criação, mas no seu uso. O homem já tinha encurtado distâncias com o correio a cavalo, trens postais, telégrafo, telefone, fax, programas de mensagens, portanto já exibia sua ansiedade e angústia por solução. Por enquanto a distância mais difícil para se reduzir ainda é entre a mente de duas pessoas.
Quantas vezes não ouvimos mais os estranhos que os amigos?
Já notou que muitas vezes quanto mais perto estamos, mais longe ficamos?
Há uma dica para educação dos filhos que diz o seguinte: Quando quiser que seu filho ouça algo, diga ao melhor amigo dele.
Sempre? Claro que não, mas à vezes é necessário, não é verdade?
Falando em invenções e uso, poderíamos pegar um gancho na contabilidade e tomar emprestado um conceito: Origem e Aplicação de Recursos!
Assim analisamos a contabilidade da tecnologia.
O homem que não se importa com a lua não vê aplicação para os foguetes e naves espaciais.
Um gestor sem visão de futuro não terá uma missão a cumprir.
Há uma diferença no propósito do soldado que luta para conquistar um forte e daquele que sabe que colocará um fim na guerra.
Nas empresas em que a visão de futuro é o acaso, a missão não é determinada, portanto pouco adianta falar em evolução e desenvolvimento, dificilmente perceberão que estes precedem a tecnologia.
Ivan Postigo é economista, contador, pós-graduado em controladoria pela USP. Vivência em empresas nacionais, multinacionais americanas e européia de lingotamento de aço, equipamentos siderúrgicos, retroescavadeiras e tratores agrícolas, lentes e armações de óculos, equipamentos de medição de calor, pilhas alcalinas, vestuários, material esportivo, refrigerantes, ferramentas diamantadas , cerâmicas, bebidas quentes, plásticos reciclados, hotelaria e injeção de plásticos. Executivo nas áreas fabril, administrativa/financeira, marketing e vendas. Escreve artigos com foco nos aspectos econômicos e de gestão das empresas para jornais e revistas. Desenvolve consultoria e palestras nas áreas mercadológica, contábil/financeira e fabril. Autor do livro: Por que não? Técnicas para Estruturação de Carreira na área de Vendas.