você está aqui: Home  → Colunistas  →  Construindo o Futuro

 


De acordo com as Leis 12.965/2014 e 13.709/2018, que regulam o uso da Internet e o tratamento de dados pessoais no Brasil, ao me inscrever na newsletter do portal DICAS-L, autorizo o envio de notificações por e-mail ou outros meios e declaro estar ciente e concordar com seus Termos de Uso e Política de Privacidade.

O poder financeiro da Paz

Por Ivan Postigo

Data de Publicação: 27 de Outubro de 2011

Conhece algum império que se formou por conquistas bélicas e não ruiu?

As conquistas nem sempre tiveram objetivos econômicos, muitas se deram pela sede de poder e glória.

A história mostra que o homem em sua existência experimentou apenas 300 anos de Paz absoluta.

De vez em quando aparecem alguns avanços tecnológicos do período da primeira e segunda guerras mundiais e estes deixam a impressão de que estas não foram tão nefastas. O próprio cinema as romantiza.

Quantos morreram nessas guerras, quanto isso custou à humanidade, você sabe?

A primeira grande guerra se estendeu de julho 1.914 a novembro 1.918, 4 anos e alguns meses, e a segunda grande guerra de setembro de 1939, com a invasão da Polônia a agosto 1945 com a rendição japonesa, exatos 6 anos.

A destruição provocada por essa brutalidade, em um período de 31 anos, deixou o seguinte saldo:

Na Primeira Guerra Mundial estima-se que morreram aproximadamente 19 milhões de pessoas. Destes, 5% eram civis, cerca de 1 milhão de vidas ceifadas. As batalhas eram confrontos de trincheiras, dessa forma os civis eram poupados. Essa insanidade custou à humanidade 208 bilhões de dólares.

Na Segunda Guerra Mundial a tecnologia estava a serviço da destruição. Cidades eram bombardeadas dia e noite. Londres, por exemplo, em feroz tentativa de quebrar o ânimo inglês, foi bombardeada, em uma oportunidade, 57 dias ininterruptos.

O número de mortos é impressionante nesse conflito mundial: cerca de 70 milhões de vidas foram tiradas. Perto de 25 milhões de soldados e mais de 40 milhões de civis, dizem algumas estatísticas.

E não para ai, 28 milhões de pessoas foram mutiladas, sem contar aqueles que sofreram danos psicológicos.

O custo dessa barbaridade é estimado em 1 trilhão e 500 bilhões de dólares.

Nesse confronto, 110 milhões de pessoas foram mobilizadas, apenas 30% não morreram ou sofreram ferimentos.

Estudos mostram que esse dinheiro em período de Paz já poderia ter eliminado toda miséria da face da terra!

Os danos não são provocados pelas armas, mas pelas intenções. São estas que geram os conflitos que demandam armas para resolução destes.

O homem sempre tem escolha: pode se sentar a uma mesa para resolvê-los ou em um tanque de guerra.

Guerra é um confronto gerado por interesses de pessoas ou grupos, que se utilizam de meios bélicos para derrotar o adversário.

A Paz, do outro lado, palavra derivada do latim Pacem, significa ausência de beligerância ( Absentia Belli).

Não há como parar uma bala disparada, uma palavra dita, estas atingirão o seu intelocutor. Alguns minutos para reflexão e um pouco de oxigênio no cérebro tem enorme poder transformador.

Depois das absurdas perdas de vidas e financeiras, "toda guerra termina por onde começou : a Paz", dizia o filósofo Frances Jules Barthélemy-Saint-Hilaire.

Sagaz e cáustico, George Orwell não deixa por menos : "O essencial da guerra é a destruição, não necessariamente de vidas humanas, mas de produtos do trabalho humano. A guerra é um meio de despedaçar, ou de libertar na estratosfera, ou de afundar nas profundezas do mar, materiais que de outra forma teriam de ser usados para tornar as massas demasiado confortáveis e, portanto, com o passar do tempo, inteligentes. "

Conflitos nas ruas, nas empresas, com fornecedores e clientes, roubam energia e tempo que poderiam ser aplicados de forma produtiva.

Transforme o seu ambiente num lugar de Paz e verá o poder financeiro que este tem!

Sobre o autor

Ivan PostigoIvan Postigo é economista, contador, pós-graduado em controladoria pela USP. Vivência em empresas nacionais, multinacionais americanas e européia de lingotamento de aço, equipamentos siderúrgicos, retroescavadeiras e tratores agrícolas, lentes e armações de óculos, equipamentos de medição de calor, pilhas alcalinas, vestuários, material esportivo, refrigerantes, ferramentas diamantadas , cerâmicas, bebidas quentes, plásticos reciclados, hotelaria e injeção de plásticos. Executivo nas áreas fabril, administrativa/financeira, marketing e vendas. Escreve artigos com foco nos aspectos econômicos e de gestão das empresas para jornais e revistas. Desenvolve consultoria e palestras nas áreas mercadológica, contábil/financeira e fabril. Autor do livro: Por que não? Técnicas para Estruturação de Carreira na área de Vendas.

Veja a relação completa dos artigos desta coluna