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Por Ivan Postigo
Data de Publicação: 19 de Dezembro de 2011
Olhe a sua volta! O que você vê que gosta, admira, utiliza e não criou?
Para não exagerar e não correr o risco de errar, quase tudo não? Computadores, televisores, vídeos, CD, grampeador, ar-condicionado, lapiseira, caneta, carro, avião, trem, fralda descartável, lenço de papel, clipes, e por ai vai...
Terceiros criaram e quartos produziram?
Todos esses produtos são frutos do pensamento em busca de conforto ou no mínimo para reduzir a insatisfação de alguém.
Sem sombra de dúvidas, enquanto alguns homens sonhavam em voar os incrédulos e céticos diziam: - Por que voar?
Os visionários faziam suas perguntas de outra forma: - Por que não voar?
O arrojo, a liberdade de pensamento, tem feito o homem assombrar a si próprio com sua capacidade.
Brincando de Deus, imitando-O ou sendo o Próprio. Como filhos de peixe, peixinhos somos.
Todos nós um dia reagimos de forma refratária, não aceitando alguma idéia.
Como diz um amigo:- Ainda que tenha se recusado a levar uma blusa quando sua mãe recomendou.
O carro, o rádio, o cinema, e outras tantas visões produziram lendas, resultado de assombro!
Assim Anhaguera dominou os índios, ameaçando colocar fogo nas águas dos rios...
Fato concreto, a humanidade sabe que com liberdade, incentivo, apoio, o ser humano é capaz de criações extraordinárias, então não podemos deixar de perguntar:- Por que ainda somos reticentes a sugestões e novas idéias?
Há um aspecto interessante: quanto maior nossa proximidade e intimidade com o criador, menos crédito lhe damos.
O contato diário faz com que nos imaginemos iguais, ainda que não sejamos.
No nosso dia-a-dia nas empresas, nos acostumamos com a rotina e a mesmice. Se não reciclarmos e sairmos em busca de novas idéias, ficaremos mais reativos ao progresso.
Caso tenha em mente ganhar dinheiro com carburador, disco flexível para computador, disco de vinil, e outras tantas invenções, é hora de sair para dar uma volta, para ouvir as pessoas. Ouvir! Escutou?
Esses milhares de produtos foram criados em locais onde encontraram aconchego. Enriqueceram seus criadores, principalmente quem os acolheu, ou foram desprezados e ofertados a pessoas também visionárias.
Quando materializável, as propostas enfrentam menos resistências, mas sendo conceituais, o trabalho de convencimento é árduo.
Quando se falou pela primeira vez que os computadores seriam atacados por vírus, qual foi a reação geral?
Crença, incredulidade!
Quando Taylor e Fayol falaram sobre conceitos científicos de administração foram aceitos?
As provas, as evidências, os ganhos empresariais, fizeram com que as práticas se disseminassem e esses homens fossem considerados gênios.
O processo de gestão empresarial está cada vez mais complexo. Os resultados não podem ser aguardados, já não basta ter lucro. É necessário criar o futuro, evitando que alguém torne nossa empresa obsoleta. Isso demanda conhecimento, criatividade, experiência, arrojo e boa dose de coragem.
Empresas globais competem, mas no limite do bom-senso. Criando uma forma inovadora de atuação, concorrendo onde dominam , cooperando quando necessário.
Coopetição é a colocação da inteligência a serviço do compartilhamento do sucesso.
Uma vez que na minha empresa ninguém saiba fazer e eu me disponha a aceitar que um profissional ou empresa externa desenvolva esse trabalho, terceirizo.
Atualmente empresas bem sucedidas e gestores inovadores estão adicionando competência no desenvolvimento de seus planos e ações estratégicas, terceirizando o pensamento.
No mercado é possível encontrar equipes especializadas prontas para implantarem projetos arrojados, de forma rápida, com segurança.
Dizia um educador em uma entrevista, observando as dificuldades que enfrentamos em nosso país: - Lá fora os recursos são maiores, nos Estados Unidos tudo vira comércio!
A questão não é essa. O foco é o que gera resultado, não importa de onde venham as idéias!
Coloque uma planta na janela, com um obstáculo fazendo sombra, e verá que ela se moverá em busca do sol.
Você, como gestor, só tem que tomar uma decisão quando estiver em dúvida e quiser maior assertividade: Terceirize o pensamento.
Os lucros serão da empresa e as glórias e os bônus maiores serão seus.
Ivan Postigo é economista, contador, pós-graduado em controladoria pela USP. Vivência em empresas nacionais, multinacionais americanas e européia de lingotamento de aço, equipamentos siderúrgicos, retroescavadeiras e tratores agrícolas, lentes e armações de óculos, equipamentos de medição de calor, pilhas alcalinas, vestuários, material esportivo, refrigerantes, ferramentas diamantadas , cerâmicas, bebidas quentes, plásticos reciclados, hotelaria e injeção de plásticos. Executivo nas áreas fabril, administrativa/financeira, marketing e vendas. Escreve artigos com foco nos aspectos econômicos e de gestão das empresas para jornais e revistas. Desenvolve consultoria e palestras nas áreas mercadológica, contábil/financeira e fabril. Autor do livro: Por que não? Técnicas para Estruturação de Carreira na área de Vendas.