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Intelectologia potencializado a aplicação da tecnologia

Por Ivan Postigo

Data de Publicação: 20 de Dezembro de 2011

Computador de última geração, celular da mais recente edição, programas com a última versão, nada disso resolve se o uso correto não for feito.

Você domina com maestria todos os recursos de seu computador e dos softwares que ele oferece?

Conhece e aplica todas as funções de seu celular?

Já usou todas as funções do seu micro-ondas? Eu conheço muito bem duas: Auto Aquecer e Pipoca.

Não vou resistir: quantas funções do controle remoto do televisor você conhece, e quantas usa?

Um amigo sempre me diz que usa mais funções do que conhece. Quando está sozinho sai apertando os botões. Sempre descobre coisas interessantes, mas como depois não se lembra, resta apertar tudo de novo e esperar a sorte.

Também me rendo aos fatos: da mesma forma que meu amigo, em muitas ocasiões, uso a tecnologia sem a devida aplicação da intelectologia.

O conhecimento pode vir de cursos, leituras de manuais e orientação de amigos, mas nós, imediatista, nos dedicamos a isso?

Quantos equipamentos você já viu adquiridos por empresas, onde os operadores entraram em ação e iniciaram a produção sem os treinamentos e orientações devidas? São tantos que não dá para contar nos dedos, não é verdade?

Alguém poderia perguntar: isso dá certo?

A questão é entender o conceito de "dar certo."

Se você pensa que dar certo é colocar a máquina para "rodar", dá! Agora, se o conceito for maximização de produção, não.

Vamos a um caso prático. Na empresa STS- Somos Todos Sábios, ciência era recurso para acadêmicos, "lá era no empírico!"

Mão na massa, tentativa e erro, ação por igualdade e semelhança, assim como papai e vovô faziam.

Papai e vovô usavam máquinas mecânicas, que sem as tampas de proteção, todo movimento tinha relação física. Hoje, com tudo informatizado, os acontecimentos não são tão visíveis.

Para preparar um desenho, no rolete eram cravados pinos, hoje teclas são pressionadas. O rolete levava uma semana para ficar pronto. Hoje, digital, menos de um dia.

A colocação e ajuste do rolete na máquina demandavam um dia de trabalho de um mecânico especializado, hoje o operador leva minutos para mudar o programa.

Resistentes de plantão diriam: isso porque você está comparando a era mecânica com a eletrônica!

Comparemos a eletrônica, então. Na empresa o ciclo de produção era de vinte e cinco segundos, mas como os pedidos começaram a entrar grande volume, foi criado turno extra. Esse turno ainda

não dava conta das encomendas. A compra de novas máquinas parecia ser a solução definitiva.

Nesse ínterim, o gerente da fábrica resolveu partir para novos desafios. Agora sim o problema estava sério.

Cabeça nova, novos pensamentos, culturas e jeito. O novo gerente perguntou: - Por que vinte e cinco segundos no ciclo?

A resposta é fácil imaginar, não é verdade? - Sempre usamos esse tempo! Por que, você acha que pode ser menos?

A resposta continua fácil imaginar, não? - Sim, menos. Muito menos. Treze segundos.

Como, impossível, isso levará à quebra e desgaste excessivo das máquinas, e por ai vai...

Não precisa sair de vinte e cinco para treze em um único dia, mas que tal um segundinho por dia?

Na realidade foi mais, então em pouco tempo doze segundos no ciclo se tornou o padrão.

Ah, mas isso na era da eletrônica!

Você acha?

J. Westerman, sueco, em 1.768, estava intrigado com as razões que faziam com que a produtividade das olarias e estaleiros de seu país fosse metade do que obtinham os ingleses e os holandeses. Ainda que usassem as mesmas máquinas.

Os estudos o levaram a perceber que a vantagem competitiva não residia nos equipamentos instalados, mas na inteligência aplicada no seu uso.

Lembra da clássica pergunta: Quando mesmo?

Sim, 1.768, época do arcadismo no Brasil.

Calma! Arcadismo foi um movimento literário

Nessa época Tiradentes tinha vinte e dois anos, estava envolvido com farmácia, tratamento dentário e mineração.

A história nos mostra que o sucesso, sem a menor dúvida, é obtido com a intelectologia potencializando a aplicação da tecnologia.

Sobre o autor

Ivan PostigoIvan Postigo é economista, contador, pós-graduado em controladoria pela USP. Vivência em empresas nacionais, multinacionais americanas e européia de lingotamento de aço, equipamentos siderúrgicos, retroescavadeiras e tratores agrícolas, lentes e armações de óculos, equipamentos de medição de calor, pilhas alcalinas, vestuários, material esportivo, refrigerantes, ferramentas diamantadas , cerâmicas, bebidas quentes, plásticos reciclados, hotelaria e injeção de plásticos. Executivo nas áreas fabril, administrativa/financeira, marketing e vendas. Escreve artigos com foco nos aspectos econômicos e de gestão das empresas para jornais e revistas. Desenvolve consultoria e palestras nas áreas mercadológica, contábil/financeira e fabril. Autor do livro: Por que não? Técnicas para Estruturação de Carreira na área de Vendas.

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