você está aqui: Home → Colunistas → Construindo o Futuro
De acordo com as Leis 12.965/2014 e 13.709/2018, que regulam o uso da Internet e o tratamento de dados pessoais no Brasil, ao me inscrever na newsletter do portal DICAS-L, autorizo o envio de notificações por e-mail ou outros meios e declaro estar ciente e concordar com seus Termos de Uso e Política de Privacidade.
Por Ivan Postigo
Data de Publicação: 04 de Abril de 2012
É comum encontrarmos artigos e livros tratando do assunto missão das empresas. Muitas consultorias também se dedicam a ajudar os empreendedores nessa tarefa.
Ao analisarmos a forma como essa questão é tratada, vamos encontrar missão e visão, muitas vezes, consideradas como sinônimos, embora usualmente nas empresas a palavra missão seja a expressão comum.
A visão antecede a missão. Alguém idealiza algo e se envolve no processo de torná-la realidade.
Não é difícil entender esse conceito, basta analisarmos as definições das duas palavras:
A visão cria enfoque, identifica a direção a ser seguida, dá poder às pessoas e as obriga a seguir em frente.
Os gestores, de modo geral, reconhecem que não ter uma visão claramente estabelecida dificulta a determinação da missão, contundo não sabem criá-la. De fato, não é tarefa simples.
A visão deve ser a mola propulsora das esperanças e dos sonhos das pessoas que com ela estejam envolvidas.
Muitas declarações de missões, emolduradas nas empresas, desestimulam os colaboradores por uma simples razão: não tem nada a ver com as coisas que estão acontecendo.
As palavras ali colocadas têm que ter significado para as pessoas da organização.
Ainda que a empresa tenha resultados positivos, o sucesso tem que estar em equilíbrio com o que ele representa.
Ao descrever sua visão e estabelecer a missão da empresa, você vai descobrir que uma coisa é descrevê- la, outra é fazê-la acontecer, por isso envolva as pessoas, peça que o ajudem nessa tarefa.
A tarefa de estabelecer a razão da existência da organização cria no grupo entusiasmo e compromisso.
Para desenvolvimento desse trabalho é importante refletir porque a empresa existe e que necessidades atende do ponto de vista do cliente.
Algumas perguntas ao serem respondidas já estarão descrevendo a visão e sua missão:
Uma forma de testar a visão e a missão estabelecidas é usar um problema complexo de atendimento a um cliente que não ficou muito satisfeito e verificar com base nessas questões onde está a falha.
Tomemos um exemplo drástico:
Um departamento governamental, não os homens do fogo, que tivesse como missão ?Defender os direitos dos cidadãos estabelecidos na constituição e protege-los do perigo? e falhasse no combate a um incêndio deveria ser questionado:
Esse era o seu propósito?
É para isso que o departamento existe?
O produto ou serviço fornecido combate o fogo?
O serviço não seria isolamento da área e comunicação ao corpo de bombeiro?
Os valores que regem o trabalho, o risco a que foram submetidos os profissionais, estavam corretos?
O cenário de futuro não deve ser o de tranquilidade da população e confiança, como isso será criado e gerenciado?
No desejo de atender e proteger as pessoas, os princípios básicos não foram esquecidos e negligenciados, gerando uma ineficiência na condução do propósito?
A observação da visão está diretamente relacionada ao modo como é criada, na forma é comunicada a todos e como é vivida.
É necessário coragem para criar uma visão e estabelecer uma missão, e mais ainda para agir de acordo com ela, por uma razão fundamental: "O líder deve servi-la e não ser servido por ela". Ele deve ser o facilitador do trabalho de seus colaboradores e não o contrário.
Para que possa manter viva a visão dentro da sua empresa crie um slogan, pois este fará com que seja "um por todos e todos por um".
Ivan Postigo é economista, contador, pós-graduado em controladoria pela USP. Vivência em empresas nacionais, multinacionais americanas e européia de lingotamento de aço, equipamentos siderúrgicos, retroescavadeiras e tratores agrícolas, lentes e armações de óculos, equipamentos de medição de calor, pilhas alcalinas, vestuários, material esportivo, refrigerantes, ferramentas diamantadas , cerâmicas, bebidas quentes, plásticos reciclados, hotelaria e injeção de plásticos. Executivo nas áreas fabril, administrativa/financeira, marketing e vendas. Escreve artigos com foco nos aspectos econômicos e de gestão das empresas para jornais e revistas. Desenvolve consultoria e palestras nas áreas mercadológica, contábil/financeira e fabril. Autor do livro: Por que não? Técnicas para Estruturação de Carreira na área de Vendas.