você está aqui: Home  → Colunistas  →  Construindo o Futuro

 


De acordo com as Leis 12.965/2014 e 13.709/2018, que regulam o uso da Internet e o tratamento de dados pessoais no Brasil, ao me inscrever na newsletter do portal DICAS-L, autorizo o envio de notificações por e-mail ou outros meios e declaro estar ciente e concordar com seus Termos de Uso e Política de Privacidade.

O sapo corporativo

Por Wagner Campos

Data de Publicação: 18 de Maio de 2012

O sapo é um animal curioso e tão interessante que utilizam ele para várias analogias. Nenhuma positiva, infelizmente. Há quem diga que sapo é aquele que vai a uma festa ou evento sem ser convidado, ou seja, um penetra. Há quem diga que o sapo é aquela pessoa asquerosa e nojenta. Tem também os que dizem que fofoqueiros são igual sapo pois possuem a perna curta, língua comprida, olho grande mas vivem na lama.

Realmente, o sapo não tem sido referência positiva, apesar de cumprir seu papel de equilibrar o ecossistema, consumindo insetos. Mas, também há quem diga que o mundo corporativo é uma selva. E toda selva possui milhares de tipos de animais, inclusive algum tipo de sapo.

Recentemente tive a oportunidade de conhecer um profissional que tenho certeza que era um sapo nesta selva. Quando você menos espera, ele aparece para consumir as moscas que estão atrapalhando e você acha que, apesar de ter os olhinhos esbugalhados e uma aparência estranha, veio para ajudar e será a solução de seus problemas. Aí, percebe que este sapo, não veio para ajudar e sim apenas para encher a barriga e você estava no meio do lanche dele.

Curiosamente, ele fica parado, esperando mais moscas chegarem até o alcance da língua certeira. Não realiza nenhuma atividade, não gera resultados, não executa, não cria, mas está lá, esperando para "garantir" o dele. Apesar de ser feio, foge sempre que tem algo que não consegue compreender, em vez de buscar solução para contornar eventuais conflitos.

Perceba que o sapo não é tão apático que pode ficar horas ao seu lado, sem fazer nada, literalmente. Mas, quando é pressionado, foge em busca de algum lugar seguro que ele possa ficar mais um pouco, aguardando as moscas.

Quer saber? Tenho certeza que você conhece um colega sapo em seu trabalho. Observe aquele que pouco faz e tem a língua comprida, que em vez de produzir, fica criticando o trabalho dos outros, que opta por ver defeitos a apresentar idéias e soluções e que, mesmo quando acabam suas moscas... Fica lá parado, esperando alguém falar que está na hora dele cair na real ir coaxar em outro canto.

Sobre o autor

Ivan PostigoIvan Postigo é economista, contador, pós-graduado em controladoria pela USP. Vivência em empresas nacionais, multinacionais americanas e européia de lingotamento de aço, equipamentos siderúrgicos, retroescavadeiras e tratores agrícolas, lentes e armações de óculos, equipamentos de medição de calor, pilhas alcalinas, vestuários, material esportivo, refrigerantes, ferramentas diamantadas , cerâmicas, bebidas quentes, plásticos reciclados, hotelaria e injeção de plásticos. Executivo nas áreas fabril, administrativa/financeira, marketing e vendas. Escreve artigos com foco nos aspectos econômicos e de gestão das empresas para jornais e revistas. Desenvolve consultoria e palestras nas áreas mercadológica, contábil/financeira e fabril. Autor do livro: Por que não? Técnicas para Estruturação de Carreira na área de Vendas.

Veja a relação completa dos artigos desta coluna