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Por Ivan Postigo
Data de Publicação: 30 de Novembro de 2014
Há um ditado que diz que "nós não nos especializamos, alguma coisa é que se especializa em nós".
É verdade que algumas pessoas mergulham em determinados assuntos e com isso ganham incrível domínio, outras são levadas para certas áreas e se tornam especialistas.
Seja por condução ou por ter-se conduzido, o fato é que exposição e estudo são os materiais que asfaltam a estrada do expert!
Um dos campos que a vida profissional me conduziu e me expos intensamente foi seleção e treinamento. Deixar a carreira de executivo e ingressar na área de consultoria não fez muita diferença na forma em que trabalho.
Reorganização de empresas sempre fez parte de minha vida profissional. E nesse processo, mudanças certamente é um fator constante.
Empresas vivem de resultados. Resultados são produzidos por ações. E ações demandam planejamento.
No planejamento há algumas questões fundamentais:
O que fazer?
Porque fazer?
Como fazer?
Quando fazer?
E, extremamente importante, quem fará?
Lembre-se que quando você sabe em que negócio está, o sucesso não é resultado do acaso.
Alguns empreendedores, ao falar do sucesso, dizem que no início não sabiam muito bem o que estavam fazendo. Contudo, se estudarmos os passos que deram, veremos que suas bússolas tinham um nome: intuição.
A intuição é resultado da experiência que se desenvolve com ações. Ações que geram bons e maus resultados, e que são apoiadas por estudos e reflexões.
Podemos chamar esse processo de "círculo virtuoso".
Poderia o círculo virtuoso agir em uma empresa com tal intensidade que não fosse necessário contratar especialistas, formando-os, todos, naquele ambiente?
Poderia sim, contudo alguns aspectos estratégicos podem criar necessidades especiais.
Criatividade pode ser desenvolvida, mas não ensinada.
Liderança, em seu conceito puro, pode ser desenvolvida, mas não ensinada. Comando sim!
O círculo virtuoso também é alimentado pela retenção de talentos, aspecto que nem sempre é possível.
Empresas tem urgência de resultados, e muitas equipes não conseguem gerar.
Um resgate: experiência não é aquilo que acontece conosco, mas é o que fazemos com aquilo que acontece conosco.
Basta lembrar a história do carrapicho: enquanto milhares de pessoas reclamam quando vão ao campo e estes grudam em suas roupas, um gênio, ao estudá-lo, criou o Velcro!
E assim são as empresas: conduzidas com genialidade, com organização ou caoticamente...
Como, então, decidir quando contratar ou treinar profissionais?
A análise dos resultados da empresa e as avaliações periódicas- que acabam tratadas superficialmente- nos dirão se os esforços estão valendo a pena.
Algumas decisões, quando envolvem choques na organização e podem gerar conflitos, dificilmente podem ou são tomadas pelos pares, que por longos períodos trabalham juntos.
Como promover um recém-chegado, preterindo um colega, que há décadas sonha com uma determinada posição, ainda que todos os fatores indiquem que a escolha certa seja o novato?
"ei que muitos diriam "agindo com profissionalismo", contudo encontro com frequência essas situações procrastinadas, justamente para evitar o mal-estar!
Muitas questões acabam tratadas por consultores, que preparam o ambiente, os profissionais e efetuam as transições, implementando as medidas necessárias.
Buscar profissionais certos ou treinar certos profissionais é uma decisão complexa, contudo quanto mais participativo o processo de gestão, mais claras ficarão as necessidades e os caminhos a serem seguidos.
Um bom gestor, além de conhecimento e determinação, precisa, com frequência, de uma boa dose de coragem!
Ivan Postigo é economista, contador, pós-graduado em controladoria pela USP. Vivência em empresas nacionais, multinacionais americanas e européia de lingotamento de aço, equipamentos siderúrgicos, retroescavadeiras e tratores agrícolas, lentes e armações de óculos, equipamentos de medição de calor, pilhas alcalinas, vestuários, material esportivo, refrigerantes, ferramentas diamantadas , cerâmicas, bebidas quentes, plásticos reciclados, hotelaria e injeção de plásticos. Executivo nas áreas fabril, administrativa/financeira, marketing e vendas. Escreve artigos com foco nos aspectos econômicos e de gestão das empresas para jornais e revistas. Desenvolve consultoria e palestras nas áreas mercadológica, contábil/financeira e fabril. Autor do livro: Por que não? Técnicas para Estruturação de Carreira na área de Vendas.