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Novas Tecnologias X Educação

Por Prof. Marcos S. Vieira

Data de Publicação: 25 de Outubro de 2013

Conversando por telefone com uma amiga professsora, que é coordenadora de laboratórios de informática, percebi a ansiedade dela em mesclar a tecnologia com o currículo escolar e me deparei com uma pergunta. Será que estamos fazendo isto direito?

Tenho muito ouvido falar sobre novas tecnologias aqui, novas tecnologias ali, mas vejo pouco avanço em seu uso no ambiente escolar. Lembro que quando comecei a lecionar (1986) queria ver a tecnologia das calculadoras aliadas ao ensino regular. Hoje quase 20 anos depois, vejo computadores e tablets, lousa digital, além de celulares dentro das escolas. Mas, isto não mudou a metodologia de ensino. Ainda vejo muitas escolas caindo na mesmice de procurar na tecnologia aquilo que está vinculado ao currículo escolar. Se preciso de uma aula de química, procuro um site de jogos relacionados com a matéria. Se preciso de uma aula de verbo, vou "catar" tudo o que existe de verbo na internet. Ou seja, tudo gira "diretamente" em torno do que "vemos" e não daquilo que nos é "invisível" aos olhos. Muitas vezes esquecemos que a imaginação humana é a maior criadora de oportunidades e aprendizagem que temos. Lembrar disso é peça fundamental para o aprendizado. Vamos rememorar os antigos gregos e seus tutores. Eles não vinham com a metodologia pronta, ela era construída ao longo do aprendizado e, uma pedra servia de base para o aprendizado de matemática, ciência, linguagem, história e até (pasmem) filosofia.

Onde quero chegar? Quero chegar no ponto em que não dependemos mais de "receitas prontas" para ensinar. Temos hoje uma série de probabilidades e oportunidades oriundas da telinha do computador.

Se precisamos ensinar "verbos", porque não usar um site que fale do ciclo da água? Ora não se fala tanto em multidisciplinaridade? Onde está a multidisciplinaridade se não rompermos a barreira da educação bancária? Temos de nos ater ao fato de que estamos ainda atrelados a um estereótipo que diz, se precisamos de multiplicação "não vamos procurar em filosofia". ERRADO!!!

Pense mais adiante, saia da "MATRIX" e veja o mundo de possibilidades que a educação e a tecnologia lhes proporciona. Se não fizermos isso e abrirmos nossos olhos, manteremos nosso futuro educacional inerte e invariável, apesar de toda a tecnologia que o homem possa produzir.

Sobre os autores

Jaime Balbino Gonçalves

Jaime Balbino Gonçalves da Silva é Learning Designer e consultor em automação, sistemas colaborativos de ensino e avaliação em EAD. Pedagogo e Técnico em Eletrônica. Trabalha na ProfSAT - TV Educativa via Satélite. Reside em Campinas, São Paulo.

jaimebalb (em) gmail (ponto) com

Marcos Silva Vieira

Professor desde 1986. Pedagogo, criou projetos de laboratórios de informática nas escolas. Coordena grupos de trabalho em educação inclusiva e uso de novas tecnologias. Faz parte de comunidades Linux voltadas a educação como Linux Educacional, Pandorga GNU/Linux dando apoio pedagógico. Palestrante e ministrante de cursos de formação em software livre educacional desde 2009. Participante e palestrante de eventos como Latinoware (foz do iguaçu), FISL (Porto Alegre), Freedom Day (novo hamburgo), Congresso Alagoano de Tecnologia de Informação - COALTI (edições em Alagoas e Pernambuco). Entusiasta de distribuições linux desde 2002.


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