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Por Wagner Campos
Data de Publicação: 20 de Setembro de 2009
Há muito tempo ouço pessoas reclamarem afirmando que o mercado é injusto, que falta oportunidades, que não são reconhecidas profissionalmente entre outras centenas de argumentações, justificando seu insucesso ou frustração. Da mesma maneira, vários clientes e amigos empresários mostram o outro lado da moeda quando reclamam que estão preocupados devido a várias dificuldades encontradas, entre elas, contratação de profissionais qualificados e até mesmo aproveitamento dos profissionais existentes em suas empresas.
Entendo claramente estes argumentos quando estou principalmente lecionando no ensino superior. Fico encantado e entusiasmado com o nível intelectual e maturidade profissional de alguns alunos, os quais se desdobram para se diferenciar em suas atividades acadêmicas, não apenas fazendo algo para ser entregue aos professores, mas fazendo algo para aprender a fazer cada vez melhor. Algumas atividades acadêmicas que recebemos possuem um nível tão avançado em relação à qualidade, profissionalismo e maturidade que temos a certeza que será apenas uma questão de tempo (e pouco tempo) para que estes discentes conquistem uma boa recolocação no mercado de trabalho ou com seu empreendedorismo, abram um negócio próprio que terá grandes chances de sucesso.
Mas, como em todo lugar, há aqueles que acreditam que através do plágio, copiando trabalhos inteiros ou parte deles da internet ou quando muito, fazendo uma atividade tão simplória que conceituá-la de insignificante seria um grande elogio, poderão vir a ter seu diploma e acreditam que serão bem procurados pelo mercado ou que terão suas vagas garantidas. Acreditam que não tem nada a aprender, que podem enganar os professores (quando na verdade estão se enganando), que são profissionais formados por natureza e que as empresas deverão se adequar ao seu estilo de vida. São aqueles que nunca têm tempo para estudar para provas, realizar trabalhos e estudos de caso, mas sobra tempo para irem a bares e se ausentarem das aulas para ir às maravilhosas festas.
Isso também acontece em inúmeras empresas. Há profissionais que acreditam não precisar se reciclar, participar de treinamentos, estudar ou aprender algo novo de outro setor e são muito resistentes a mudanças.
Mas há aqueles que sempre estão dispostos a fazer a "máquina" continuar a se movimentar. Buscam alternativas, se especializam em várias áreas, procuram questionar para compreender, apresentam novos projetos e nunca se cansam. Acompanham o ritmo alucinado das transformações globais e precisam muito mais ser "segurados" do que "empurrados".
É um círculo vicioso. Os futuros recém formados que afirmam não ter tempo para melhorar seu potencial, capacidade e caráter, se tornarão em breve (se já não forem) aqueles que trabalharão por décadas fazendo a mesma coisa, da mesma forma, com os mesmos resultados e reclamando por não terem oportunidades. Enquanto aqueles que realmente se dedicam, esforçam, são criativos e determinados, serão profissionais altamente cobiçados pelo mercado e as oportunidades e promoções farão parte de suas vidas com muita freqüência.
Segundo Dalai Lama "Determinação coragem e autoconfiança são fatores decisivos para o sucesso. Se estamos possuídos por uma inabalável determinação conseguiremos superá-los. Independentemente das circunstâncias, devemos ser sempre humildes, recatados e despidos de orgulho."
Em momento algum posso afirmar que estar presente em sala de aula ou apresentar os melhores trabalhos seja sinal de capacidade e potencial, mas posso afirmar que, fazer tudo isso, com certeza demonstram determinação e foco em alcançar um grande objetivo que será responsável pelo sucesso ou fracasso de uma vida. Obviamente é melhor ser um profissional determinado em busca do sucesso a um fracassado acomodado.
O sucesso nasce do querer, da determinação e persistência em se chegar a um objetivo. Mesmo não atingindo o alvo, quem busca e vence obstáculos, no mínimo fará coisas admiráveis. (José de Alencar)