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Por Fernanda Alves Chaves
Data de Publicação: 27 de Setembro de 2007
Comecei a trabalhar muito cedo. Anos antes de completar as 15 primaveras -, troquei o Tobe (meu cachorrinho de pelúcia), pelo Holerite - meu novo melhor amigo.
Meu negócio sempre foi trabalhar com Desenvolvimento de Pessoas. Independente dos tipos de empresas, ramos de serviços ou cargos que exerci, eu sempre acabava desempenhando (mesmo que superficialmente), o papel dos profissionais ligados às pessoas.
Confesso que eu só fui saber que o nome do que eu queria tinha esse ar pomposo, um ano antes de entrar na universidade. Pra falar bem a verdade, eu nem sabia que isso era feito pelo Recursos Humanos das empresas.
Aos desavisados gostaria de falar que, chamar o RH de RH não é legal. Hoje em dia, qualquer administrador que se preze chama essa área de Gestão de Pessoas e Gestão de Talentos. Embora eu ainda perceba que alguns gostariam mesmo é de chamar de Gestão dos Oreia-seca - ou dos Badeco -, etc.
Pra mim sempre foi tudo muito claro, nunca tive dúvidas do que eu iria fazer. Tanto minha formação acadêmica - quanto minha ascensão profissional foram, anos atrás, minuciosamente planejadas. Infelizmente, ainda não consegui galgar todos os passos que desejo (mero detalhe), mas, já sei pra onde quero ir.
Enquanto me graduava e aprendia um pouco mais sobre como administrar empresas, me perguntava sobre as razões de eu ter escolhido o caminho da Administração - para chegar até as pessoas. Um destes pensamentos resultou em uma frase que gosto muito. Ela é de minha própria autoria, feita por mim mesma para o meu eu curitibano. Diz o seguinte. "Todas as empresas são feitas por pessoas, com pessoas e para as pessoas."
Toda organização é composta de recursos, sendo eles os mais variados: instalações físicas, valores financeiros, equipamentos, tempo e, principalmente, pessoas. As empresas que almejam o sucesso são aquelas que conseguem agregar e manter os melhores profissionais. E não vale acorrentá-los ao pé da mesa!
Essas pessoas deverão utilizar suas técnicas e conhecimentos em favor da organização e deverão tomar decisões para que os recursos sejam eficientemente utilizados, afim de atingir os objetivos organizacionais. E não os pessoais, como vemos no Senado - brasileiro.
A Gestão de Pessoas é o setor responsável por todos os cuidados que envolvam os recursos humanos da organização. Tais atividades são efetuadas através de processos, sendo eles:
Planejar e gerir a área de Gestão de Pessoas de uma empresa, é tarefa para profissionais especializados. Essas pessoas devem ter visão empresarial aguçada, aprofundamento sócio-administrativo, postura ética e grande capacidade de relacionamento, além de ótimos conhecimentos sobre o ser humano em si e do seu comportamento organizacional.
Qualquer empresa tem o desafio do aprimoramento constante e da superação, em todos os sentidos. Um dos grandes desafios da GP é a mudança pois, essa é uma das maiores dificuldades do ser humano.
As pessoas adoram mudar, se sentem ávidos e tentados a mudar. Desde o corte do cabelo, até o sexo. Em contrapartida, o processo transformacional de qualquer coisa é doloroso. Diante das agruras que as mudanças podem ocasionar na vida pessoal e profissional as pessoas, estas tendem a ficar medrosas, resistentes e até contrárias. É neste momento que é possível verificar a eficiência do GP bem estruturado. Cabe a ele cuidar para que, na mudança, os objetivos organizacionais sejam alcançados "através" das pessoas. É, sem dúvida, a área capaz de tirar o máximo dos funcionários, sabendo que estes, são a inesgotável e melhor fonte de recursos da empresa.
Agora você está aí, se perguntando, o esta menina estava pensando - lá com os botões dela - quando escreveu essa coluna. Bem, fiz isso para poder explicar de maneira sucinta e simplista, a função da Gestão de Pessoas dentro das organizações. Este também é um convite para que vocês prestem mais atenção aos profissionais desta área.
Nós, somos pessoas que escolhemos, como profissão, ser mediadores entre os seus interesses e os da empresa. Nos empenhamos para que vocês se amem, para que essa união seja compensatória e, principalmente, para que seja infinita enquanto dure. Amém!
Fernanda Alves Chaves é daquelas pessoas que buscam o que ainda há de humano em um ambiente dominado pela tecnologia. É administradora, especialista em Gestão de Pessoas, profissional de RH e professora universitária. A verdade mesmo é que ela gosta de gente, e é figurinha fácil entre os ambientes dominados por nerds, geeks, etc. Se empenha em ver toda a gente crescer, melhorar, atuar em redes. E, na visão dela, as pessoas começam a formar redes antes de chegarem perto de computadores! As redes se formam de mãos dadas, da troca de olhares, de palavras e... pois bem, também de e-mails, mensagens instantâneas e scraps. Independente dos meios, redes serão sempre de pessoas às quais a tecnologia deve servir, nunca o contrário. É para lembrar disto, sempre, que Fernanda nos brinda com sua coluna no Dicas-L!