Informações, alternativas e decisões
Por Jefferson Wanderley dos Santos
Data de Publicação: 08 de Agosto de 2016
Ofereço as reflexões que seguem para aqueles que estão em busca de recolocação
profissional ou mesmo os que buscam uma melhor posição na mesma empresa.
Para começar, o que lhes digo é fruto de mais de quarenta anos de experiência
organizacional, onde o sucesso e, também insucessos, de meus desempenhos
dependiam, substancialmente, do desempenho de outras pessoas em outros setores
da mesma organização ou de organizações externas. Assim, o que a experiência me
ensinou é que as pessoas de sucesso buscam, incessantemente, informações sobre
o ambiente imediato onde estão trabalhando para poder tomar decisões OPORTUNAS
e ADEQUADAS. Isso mesmo: INFORMAÇÃO para tomar DECISÕES. Em qualquer nível
de atividade organizacional. Do arrumador de legumes, vegetais e perecíveis
em um armazém e supermercado, até um Gerente de linha fixa de produção.
Vamos fazer uma analogia com algo que lhe seja familiar. Por exemplo, a
contratação de uma empregada doméstica. Imagine que você precise trabalhar
todo o dia e ao chegar em casa já não a encontre mas possa desfrutar do
trabalho competente dela: jantar delicioso esperando para ser aquecido,
roupas de trabalho para o dia seguinte lavadas e passadas e a casa limpa
e arrumada. Nada, absolutamente NADA para você ter que fazer que ela não
tenha feito, que venha lhe furtar os momentos de descanso, sobretudo se
você enfrentou um trânsito caótico para chegar em seu "reino". Saliento,
por oportuno que ainda não encontrei organização mais complexa do que um
LAR, considerando a miríade de decisões estratégicas que uma dona de casa
ou empregada doméstica tem que tomar ao longo de um simples dia.
Então, vamos iniciar uma comparação com o que seu líder e sua empresa esperam
de você.
Imagine se a funcionária de sua empresa, chamada "LAR" se restringisse a
APENAS, trabalhar por excitação de fatos externos, ou seja, aguardasse vir
uma ORDEM para ela iniciar alguma atividade. Isso não é incomum, pois muitos
funcionários em organização AGUARDAM ordem para fazer algo por não ter - e
muitas das vezes não querer ter - a proatividade de iniciar suas atribuições
sem ser mandado. Imagine, então, você tendo que usar seus intervalos de
trabalho para, ao invés de desfrutar um cafezinho e companhia de amigos,
tivesse que ficar ligando para casa para dar ordens e orientações para sua
funcionária. Com certeza você se estressaria e desejaria ter uma funcionária
"despachada" ou, "autogerenciável". Pois é, essa TAMBÉM é a expectativa dos
líderes que lhe deram uma chance de emprego e mostrar suas competências.
Se seu LAR fosse em um prédio, ela fosse informada que haveria suspensão
do fornecimento de energia elétrica por três horas, no período da tarde,
para serviços de manutenção de rede elétrica? Se ela, como faz expressiva
quantidade de outras E TAMBÉM de funcionários organizacionais, lhe
interrompesse em uma importante reunião de vendas ou de acompanhamento
de projetos, para lhe perguntar o que fazer ou que atitude tomar, ou qual
atividade priorizar? Certamente você não iria querer NEM TOMAR conhecimento
do que ocorreu e sim chegar em casa e encontrar tudo feito, na esperança de
que, fazendo jus ao salário que você lhe paga, ela tivesse autogerenciado
suas prioridades em decisões oportunas e acertadas. Se você chegasse em casa
com um bilhetinho na mesa dizendo não haver comida porque ela decidiu lavar
e passar toda a roupa antes da suspensão do fornecimento de energia ou se
sua roupa e os uniformes escolares de seus filhos para o dia seguinte não
estivessem lavados tampouco passados, obrigando você a fazê-los ao longo da
noite, esgotados por um dia extenuante de trabalho encimado por um trânsito
caótico no retorno para seu LAR.
Essas reflexões iniciais trazem a importância de se executar suas atividades
com informações oportunas e atualizadas sobre vários elementos e fatores
externos ao seu trabalho dos quais você depende para ter sucesso no que faz.
Assim, informação e decisão são primordiais em suas atividades.
Pense nisso. Voltaremos em outro momento prosseguindo com mais reflexões.
Boa sorte.